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Davi José Martins Canabarro Militar farroupilha

22/8/1796, Taquari (RS)

12/4/1867, Santana do Livramento (RS)

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

21/12/2005 15h24

Descendente de imigrantes açorianos, alistou-se num Regimento de Milícias aos 17 anos. Destacou-se na carreira militar desde quando o Brasil era ainda uma colônia portuguesa, lutando nas guerras da Banda Oriental (1811-1812) e contra José Artigas, no Uruguai (1816-1821). Depois da Independência, lutou na guerra Cisplatina (1825-1828), contra os caudilhos Oribes e Rosas (1851-1852), contra Aguirre em 1864, e nos três anos iniciais da guerra do Paraguai (1865-1870).

Aderiu à revolta farroupilha e serviu a República Rio-Grandense, chegando ao posto de general e comandante-em-chefe do exército no final do movimento. Recusou o auxílio argentino para combater o Exército imperial brasileiro, por considerar-se "brasileiro, antes de republicano". Participou da assinatura do tratado de paz assinado com o Império brasileiro em 1845.

Com a inesperada invasão do Rio Grande do Sul pelos paraguaios em 1865, foi acusado de traição e incompetência, mas logo ficou provada a injustiça das acusações e Canabarro, aos 68 anos, esteve presente com sua cavalaria na rendição dos paraguaios em Uruguaiana. Depois disso, retirou-se para sua estância em Santana do Livramento, onde um ferimento no pé evoluiu para uma grande infecção que terminou por matá-lo.