David Lloyd George Primeiro-ministro britânico <br />de 1916 a 1922
17-1-1863, Manchester
26-3-1945, Llanystumdwy, Gales
Lloyd George foi, entre a passagem do século XIX e os anos 20, a personalidade mais influente da política britânica. Jurista, liberal e simpatizante do nacionalismo galês, entrou para o Parlamento britânico em 1890 na ala esquerda, ficando em seu cargo por mais de cinco décadas. Em 1905, foi ministro do Comércio de Henry Campbell-Bannerman, tornando-se, ordenado por Herbert Asquith, chanceler do Tesouro (ministro das Finanças) em 1908, cargo que ocupou até 1915. Combateu a resistência sistemática da maioria conservadora na Câmara dos Lordes, retirando-lhe parte do poder por meio do Parliament Act de 1911, restringindo seu direito de veto. Conduziu reformas sociais criando o estado de bem-estar britânico (Old Pensions Act de 1908, People's Budget de 1909, National Health Insurance Act de 1911). Entre 1915 e 1916, foi ministro do Armamento e da Guerra, tornando o serviço militar obrigatório. Após a queda do gabinete de Asquith, em 1916, Lloyd George formou o segundo gabinete de guerra numa coligação entre conservadores e liberais, dividindo o Partido Liberal. Concentrou todos os seus esforços na guerra, organizando a colaboração entre os aliados. Na Conferência de Paz de Versalhes, de 1919, defendeu uma política moderada para a Alemanha derrotada, opondo-se ao francês Georges Clemenceau. Após a Guerra Anglo-Irlandesa (1919-1921) e a partilha da ilha, Lloyd George apoiou a independência do Estado Livre da Irlanda em regime de domínio (1921). Na política externa, defendeu interesses políticos globais da Grã-Bretanha, cedendo tropas britânicas em apoio aos russos brancos contra o Exército Vermelho (1918-1922). Também apoiou a Grécia na Guerra Greco-Turca (1920-1922), rompendo a coligação com os conservadores (1922). Entre 1926 e 1931, foi líder do Partido Liberal Reunificado. Em 1945, recebeu o título de conde de Dwyfor.