Domingo de Soto Filósofo e teólogo espanhol
1494, Segóvia (Espanha)
1570, Salamanca (Espanha)
O frade dominicano Domingo de Soto estudou em Alcalá de Henares e em Paris. A seguir, lecionou em Segóvia e Salamanca, e foi nomeado representante oficial do Sacro Império Romano Germânico no Concílio de Trento por Carlos 5º.
Entre as inúmeras obras de De Soto destacam-se seus comentários sobre as obras Física e Sobre a alma, de Aristóteles. O dominicano também analisou a natureza da graça divina e escreveu um importante tratado de direito.
Domingo de Soto foi um dos primeiros membros do tomismo espanhol, mas nem sempre seguiu o pensamento de são Tomás de Aquino. Rejeitou, por exemplo, a doutrina da distinção real entre essência e existência - e preferiu adotar a posição de Duns Scotus, para quem o objeto primário do entendimento humano é o ser indeterminado em geral.
Mas não só a metafísica e a teologia de De Soto são importantes. Sua filosofia do direito e sua teoria política também merecem atenção. Ao contrário do que defendia o seu mestre, Francisco de Vitória, para Domingo de Soto a lei se origina da inteligência - e não da vontade do legislador.
Para De Soto, a lei natural é diferente da lei positiva: esta última baseia-se na decisão dos legisladores - e a primeira tem por base a natureza.
Ao lado de Francisco de Vitória, Domingo de Soto foi um fundadores da teoria geral do direito internacional.