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Emílio Ribas Médico brasileiro

11-4-1862, Pindamonhangaba (SP)

19-12-1925, São Paulo (SP)

Do Klick Educação

17/08/2015 20h58

Emílio Marcondes Ribas foi, junto com Osvaldo Cruz, Adolfo Lutz e Vital Brasil, pioneiro na Medicina preventiva e curativa no Brasil, numa época marcada pelas péssimas condições de saúde e educação da população, além da chegada constante de imigrantes e da falta de recursos à pesquisa científica. Formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1887), iniciou sua vida profissional como clínico no interior de São Paulo. Em 1896, escolhido para o cargo de inspetor sanitário do Estado, procurou combater as epidemias, especialmente a de febre amarela, nas cidades de Jaú, Rio Claro, Araraquara, Pirassununga, São Carlos, Campinas, Santos, entre outros municípios paulistas. Convencido de que estas doenças resultavam principalmente de falta de higiene, movimentou intensa campanha em favor da limpeza urbana e residencial. Nomeado diretor do Serviço Sanitário (1898), alertou o governo de São Paulo sobre a importância de fabricar o próprio soro antipestoso, livrando-se dos atrasos da importação. Foi adquirida então uma fazenda nos arredores da capital e fundado o Instituto Butantã. Pesquisando sobre a febre amarela, Ribas chegou à conclusão de que o mal não se transmitia diretamente de uma pessoa doente para outra sadia, e sim que devia existir, no caso, um transmissor, o mosquito Aedis aegypti. Criticado pela imprensa, deixou-se picar pelo mosquito infectado pelo vírus da febre amarela, em 1903. Junto com Adolfo Lutz e outros voluntários, Ribas adquiriu a doença e comprovou sua teoria. Entre outros de seus feitos: implantou a Seção de Proteção à Infância, a Inspetoria Sanitária Escolar, o Serviço de Profilaxia e Tratamento do Tracoma e a Seção de Engenharia Sanitária. Reorganizou o Serviço Sanitário em geral, do Desinfectório Central, do Hospital de Isolamento, hoje Instituto Emílio Ribas, do Laboratório de Análises Químicas e Bromatológicas e do Laboratório Farmacêutico. Constatou que o clima de Campos do Jordão era benéfico para as doenças pulmonares e colaborou para a fundação do Sanatório de Campos do Jordão e da Colônia de Santo Ângelo.