Empédocles Filósofo grego
493 a. C., Agrigento (Sicília)
430 a. C., vulcão Etna, entre Messina e Catânia (Sicília)
De família rica e ilustre, Empédocles teria sido vitorioso em uma das provas das Olimpíadas. Vestia-se de púrpura e portava um diadema de ouro. Chefe do partido democrático, era um gênio extremamente versátil, interessando-se por biologia, física e medicina. Foi também legislador, poeta e taumaturgo. Seus discípulos o adoravam como a um deus. Escreveu em versos, dos quais subsistem 400 do poema "Mundo físico" e 120 de "As purificações".
Deve-se a Empédocles a descoberta de que o ar é uma substância distinta do espaço vazio. Aristóteles atribui a ele um experimento para comprovar a pressão do ar como substância independente utilizando uma clepsidra.
Criou a arte retórica, foi místico e filósofo. Empédocles se esforçou por reconciliar a percepção dos fenômenos cambiantes com a concepção lógica de uma existência imutável subjacente, e descobriu a solução em quatro elementos inalteráveis - terra, ar, fogo e água -, cujas associações e dissociações resultariam da ação de forças antagônicas - o Amor e a Discórdia -, que constroem, destroem e reconstroem o universo eternamente.
Sua filosofia parece uma síntese do materialismo jônico, do idealismo panteísta dos eleatas e da filosofia de Heráclito. Foi o primeiro a explicar a origem das espécies por uma seleção natural em que sobrevivem os mais aptos.
Também descobriu a força centrífuga. Na astronomia, identificou que a luz da Lua procedia do Sol e que a Terra era uma esfera.
O poeta alemão F. Hölderlin (1770-1843) o colocou como herói de uma tragédia lírica. Segundo a tradição, Empédocles teria morrido atirando-se na cratera do vulcão Etna.