Topo

Ernst Cassirer Filósofo alemão

28 de julho de 1874, Breslau (Polônia)

13 de abril de 1945, Nova York (EUA)

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

25/11/2009 13h48

Ernst Cassirer estudou em várias cidades alemãs e foi aluno de Hermann Cohen (expoente do neokantismo no início do século 20) e do cientista social Georg Simmel.

Em 1930, assumiu o cargo de reitor da Universidade de Hamburgo, que abandonou quando Hitler ascendeu ao poder. Nessa época, Cassirer partiu para o exílio, ensinando em importantes universidades, como Oxford, Yale e Columbia.

Mais que um filósofo neokantista, Cassirer foi um crítico da cultura, cuja busca se concentrou na tentativa de criar uma crítica do conhecimento.

Ernst Cassirer parte de uma análise da teoria do conhecimento, tal como foi desenvolvida pela metafísica medieval, passa pelo racionalismo, pelo empirismo e pelo idealismo, e chega aos conceitos modernos do conhecimento, quando conclui que todas as formas culturais, mítico-criativas e lógico-discursivas, têm sua unidade percebida através de seu caráter simbólico.

Dessa forma, a obra de Cassirer vai da crítica do conhecimento à crítica da cultura, substituindo a antropologia filosófica clássica por um pensamento que integra os progressos das ciências físicas e sociais.

Concepção de símbolo

Cassirer supera, por um lado, o modelo metafísico (pensamento teorético puro) e o modelo empírico (conhecimento reflexo), e propõe a integração dos modos de produção cultural. Estes (mito, religião, linguagem, conceitos científicos) seriam extensões da função simbólica.

Na opinião de Cassirer, a consciência ultrapassa, com sua impregnação simbólica, os dados imediatos para atingir o total da experiência cultural. Segundo ele, todo o conhecimento humano depende do poder de formar experiência mediante algum tipo de simbolismo.

Segundo o professor Donald Philip Verene, "a concepção de símbolo de Cassirer influencia até hoje a antropologia teórica, a psicologia, a linguística estrutural, a crítica literária, a teoria do mito a estética e a fenomenologia. Seus estudos sobre a Renascença e o Iluminismo ainda permanecem como trabalhos pioneiros na história intelectual".

Fonte: Enciclopédia Mirador Internacional; Dicionário de Filosofia de Cambridge