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Erwin Rommel Militar alemão

15 de novembro de 1891, Heidenheim (Alemanha)

14 de outubro de 1944, Herrlingen (Alemanha)

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

13/01/2009 13h55

Erwin Johannes Eugen von Rommel foi um dos mais célebres militares da história, o mais famoso marechal-de-campo do exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial, quando, por seu desempenho no comando do Deutsches Afrika Korps, passou a ser chamado de Raposa do Deserto.

Recordado por suas proezas militares e por seu cavalheirismo em relação aos adversários, Rommel nasceu em um pequeno povoado, a 45 quilômetros de Ulm, em Wurtemberg. Foi o segundo filho de Erwin Rommel e Helene von Luz. Criança dócil e amável, cursou o Realgymnasium de Aalen, um importante centro educacional de seu tempo.

Desejando cursar engenharia, enfrentou a oposição paterna, optando, então, pela carreira militar. Recusado, por falta de vagas, em um regimento de artilharia, escolheu a infantaria, incorporando-se ao 124º regimento de infantaria König Wilhelm 1º (6º de Wurttemberg) na classe de aspirante (cadete), a fim de cumprir um tempo de serviço como soldado, antes de ser enviado à academia de oficiais.
 

Primeira Guerra Mundial

Nos anos que transcorrem entre sua nomeação como tenente e o início da Primeira Guerra Mundial, Rommel já se destaca por seu entusiasmo, sua capacidade didática (nas tarefas de instrução da tropa) e sua profunda seriedade.

Quando começa a Primeira Guerra, seu regimento é enviado à fronteira com a França. Durante a campanha, demonstrou bravura em diferentes situações, recebendo, em duas oportunidades, a condecoração da Cruz de Ferro (1ª e 2ª classes). Também ascendeu ao posto de 1º tenente e mostrou-se capaz de rápidas e eficientes decisões no comando de sua companhia.

Depois, atuou na Romênia e na Itália, mas apesar das sucessivas vitórias foi nomeado, para seu desgosto, ajudante-de-ordens de um estado-maior, passando o resto da guerra em funções administrativas.

No período entre as duas grandes guerras, Rommel recebeu a patente de capitão e atuou como instrutor da Academia de Infantaria de Dresden. Já como major, no comando do 3º batalhão do 17º regimento de infantaria, teve seu primeiro contato com Hitler.
 

Divisão Fantasma

Em 15 de outubro de 1935, com o rearmamento alemão funcionando a plena potência, Rommel é nomeado tenente-coronel, instrutor da Academia de Guerra de Potsdam. Em 1937 publica seu único livro, A infantaria ataca, manual que se tornou leitura obrigatória em várias academias militares de todo o mundo. É nomeado coronel e recebe o cargo de diretor da Academia de Guerra de Wiener Neustadt.

Pouco depois, Hitler o escolhe para dirigir sua guarda pessoal, o Führerbegleitbataillon. Em 23 de agosto de 1939, Rommel é elevado à patente de general.

Durante a Segunda Guerra Mundial, atuando como chefe da segurança pessoal de Hitler, Rommel foi questionado pelo próprio Führer sobre em que posto gostaria mais de atuar. Ao que teria respondido prontamente: "No comando de uma divisão blindada".

Em 15 de fevereiro de 1940 é nomeado para o comando da 7ª Divisão Panzer, que será chamada de Divisão Fantasma, devido à velocidade e capacidade de surpreender o inimigo que demonstrou durante a invasão da França e dos Países Baixos. Sua divisão foi uma das primeiras unidades alemãs a alcançar o Canal da Mancha.
 

África

Como recompensa, Rommel foi promovido e nomeado comandante da 5ª Divisão Ligeira e da 15ª Divisão Panzer, que foi enviada à Líbia no início de 1941 para ajudar as desmoralizadas tropas italianas, formando o Deutsches Afrika Korps.

Contudo, se os desertos do Norte da África foram o cenário de seu sucesso, tornaram-se também o palco de sua derrota, pelas mãos de um inimigo enormemente superior em número. Enfrentando sérios problemas de abastecimento e ordens para realizar ataques despropositados, Rommel foi derrotado, em outubro de 1942, na segunda batalha de El-Alamein e teve que se retirar para Túnis. Em março de 1943, Hitler ordenou sua volta à Alemanha.

Nomeado, em 1944, para a defesa da costa francesa do Canal da Mancha, Rommel desenvolveu uma rara criatividade na construção de obras de defesa costeira. Mas todos os seus alertas sobre as forças aliadas e a necessidade de se manter um considerável número de tropas imediatamente atrás da linha de defesa costeira, para contra-ataques, não foram ouvidos.

O êxito do desembarque aliado na Normandia convenceu Rommel definitivamente de que a guerra estava perdida para os alemães.

Em julho de 1944, o carro de Rommel foi atacado por caças-bombardeiros britânicos e jogado para fora da estrada. Hospitalizado com graves ferimentos na cabeça, sobreviveu graças aos esforços de um renomado neurocirurgião.
 

Suicídio

Após o fracasso do atentado contra a vida de Hitler, em 20 de julho de 1944, as ligações de Rommel com os conspiradores foram reveladas. Apesar de as denúncias serem ambíguas, Hitler enviou dois generais a Rommel, para oferecerem-lhe veneno, com a garantia de que seu nome e o de sua família permaneceriam intactos se ele evitasse um julgamento. A 14 de outubro, Rommel tomou o veneno, acabando com a própria vida.

O cadáver foi cremado e as cinzas enterradas em Herrlingen, durante um funeral com honras militares.
 

Enciclopédia Mirador Internacional, Folha de S. Paulo, El País, New York Times