Federico García Lorca Poeta e dramaturgo espanhol
5/6/1898, Fuente Vaqueros, Espanha
19/8/1936, Viznar, Espanha
"Deixaria neste livro/ toda a minha alma./ Este livro que viu/ as paisagens comigo/ e viveu horas santas./ Que pena dos livros/ que nos enchem as mãos/ de rosas e de estrelas/ e lentamente passam! (...)" Este belo poema de Garcia Lorca chama-se "Prólogo" e foi traduzido por William Agel de Melo.
O poeta Federico García Lorca nasceu na região de Granada, na Espanha, e levou para sua poesia muito da paisagem e dos costumes de sua terra natal.
Estudou direito e letras na Universidade de Granada. Seu primeiro livro foi publicado em 1918, com o título "Impressões e Paisagens". No ano seguinte, Garcia Lorca mudou-se para Madri, onde viveu até 1928. Em Madri tornou-se amigo de vários artistas, como Luis Buňuel, Salvador Dali e Pedro Salinas. Em 1920 estreou no teatro, com a peça "O Malefício da Mariposa", e em 1921 publicou "Livro de Poemas".
García Lorca viveu dois anos em Nova York. De volta à Espanha, em 1931, criou a companhia teatral "La Barraca", que passou a se apresentar por todo país encenando autores clássicos espanhóis, como Lope de Vega e Cervantes. Tornou-se também um grande dramaturgo, e criou peças que ficaram conhecidas no mundo inteiro. Entre suas obras mais encenadas estão "Bodas de Sangue", "Yerma" e "A Casa de Bernarda Alba".
Como poeta, Lorca publicou mais de uma dezena de livros, entre eles "Romance Cigano", "Poeta em Nova York", "Seis Poemas Galegos" e "Cantares Populares". A poesia de Garcia Lorca é simples e direta, e seu estilo doce e comovente tem encantado gerações de leitores. Sua poesia tocante também registrou o modo de viver das pessoas mais simples e buscou resistir contra todo tipo de opressão.
Em 1936, ano da eclosão da Guerra Civil Espanhola, Federico García Lorca foi preso. Fuzilado por militantes franquistas, tornou-se símbolo da vítima dos regimes totalitários.