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Felix Mendelssohn Compositor e regente de orquestra alemão

3 de fevereiro de 1809, Hamburgo (Alemanha)

4 de novembro de 1847, Leipzig (Alemanha)

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

28/11/2008 00h53

Felix Mendelssohn-Bartholdy foi neto do filósofo Moses Mendelssohn e pertencia a uma família de ricos banqueiros judeus, convertidos ao cristianismo. Recebeu educação esmerada. Além de piano e composição, estudou literatura e arte, dominando a expressão literária com a mesma facilidade com que dominou a música. Estudou em Berlim e em Paris. Em 1821 esteve em Weimar, tocando na presença de Goethe.

Mendelssohn começou a dar concertos aos nove anos de idade. Alcançou grande popularidade como compositor e regente. Esteve várias vezes no Reino Unido e viajou pela Alemanha, Áustria, Itália e Suíça. Em 1835 assumiu a direção da famosa orquestra do Gewandhaus, em Leipzig, e fundou, em 1843, o conservatório da cidade, onde ele e Schumann ensinaram composição.

Mendelssohn é um compositor eclético, embora de linguagem muito pessoal. Inspirado por sentimentos românticos, ele criou obras de alta qualidade formal, fiel ao classicismo vienense.

Seu Concerto para piano e orquestra nº 1, em sol menor, composto quando Mendelssohn tinha 17 anos, é obra tecnicamente difícil, mas já de valor. Nessa mesma época, compõe sua primeira obra-prima, a brilhante Abertura para Sonho de uma noite de verão, obra rica em efeitos atmosféricos e com melodias de um lirismo fascinante.

Entre as obras mais conhecidas de Mendelssohn encontram-se as várias coleções para piano das Canções sem palavras. São pequenas peças melodiosas, sentimentais ou espirituosas.

Elegância musical

Em 1829 Mendelssohn afirma-se como regente, revivendo a então esquecida Paixão segundo são Mateus, de Bach, em Berlim. No mesmo ano visita o Reino Unido. Um verão na Escócia o inspira a compor a abertura As Hébridas, também denominada A Caverna de Fingal.

Sua obra-prima da maturidade é o Concerto para violino e orquestra em mi menor, opus 64, de 1845, o mais melodioso e brilhante concerto violinístico.

Como regente Mendelssohn teve o imenso mérito de ressuscitar Bach e criou o repertório dos concertos sinfônicos de hoje, com base nas obras de Haydn, Mozart e Beethoven.

Das sinfonias de Mendelssohn é importante citar também a nº 5, Sinfonia da reforma, e sobretudo a Sinfonia italiana, de 1833.

A obra de Mendelssohn, banida da Alemanha pelo nazismo, sobreviveu à hostilidade anti-semita. Suas composições, vivas e harmoniosas, foram incorporadas ao repertório internacional como representação máxima da elegância musical do século 19.

Nem romântico nem clássico, Mendelssohn seria mais apropriadamente definido como uma espécie de parnasiano avant la lettre. Sua obra combina a ortodoxia clássica e o colorido romântico.

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