Fernando Lopes Graça Compositor e musicólogo português
17-12-1906, Tomar
28-11-1994, Parede
Formou-se no Conservatório Nacional e estudou musicologia na Sorbonne de Paris entre 1937 e 1939. Fernando Lopes Graça desenvolveu uma extensa obra composta de música dramática, orquestral e de câmara, prestando particular atenção à música tradicional portuguesa. Em 1938, por sugestão da cantora Lucie Dewinsty, fez uma harmonização das canções populares portuguesas. A partir desse momento, as composições de Lopes Graça passam a ter um caráter fortemente português. O compositor dedica-se em particular ao folclore, criando em 1945 o Coro do Grupo Dramático Lisbonense e o Coro da Academia de Amadores de Música Seção de Folclore. Este último interpreta exclusivamente canções regionais portuguesas nas harmonizações feitas pelo próprio compositor. Teve grande atividade como compositor, maestro, pianista, crítico e organizador de vários coros populares. Sua obra mais importante é o Réquiem às Vítimas do Fascismo (1979), uma peça para cinco solistas, coro misto e orquestra, que tem como ponto de partida uma situação dramática da história de Portugal. Fundou a Revista de Música (1931) e a Gazeta Musical (1951) e escreveu diversas obras, entre as quais se destacam Introdução à Música Moderna (1942), Viana da Mota (1949) e A Canção Popular Portuguesa (1953).