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François Couperin Compositor e instrumentista francês

10 de novembro de 1668, Paris (França)

11 de setembro de 1733, Paris (França)

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

20/12/2007 12h20

Atualizado em 12/09/2012, às 8h18.

Compositor e cravista francês, François Couperin nasceu em Paris a 10 de novembro de 1668 e morreu na mesma cidade a 11 de setembro de 1733. Durante dois séculos os membros da família Couperin se sucederam no posto de organista da Igreja de Saint Gervais, em Paris. Formaram uma prestigiosa linhagem de músicos, quase tão ramificada como a dos Bach.

O mais famoso entre todos os Couperin, por isso mesmo chamado o Grande, François, já aos 17 anos tocava órgão em Saint Gervais, substituindo ao pai. Ao tornar-se organista da capela real em Versalhes, no ano de 1693, começou a freqüentar os círculos aristocráticos, exercendo o magistério de composição e cravo.

Em 1696, foi presenteado com o seu próprio brasão e, seis anos mais tarde, foi distinguido com a Ordem de Cavaleiro de Latrão. Foi nomeado cravista do rei e, quando em 1715 este faleceu, o cargo de compositor manteve-se seguro, visto a nova corte que rodeava Luís XV trazer um novo afluxo de alunos distintos.

Por volta dessa época, Couperin compôs uma das suas mais impressionantes peças de música religiosa, "Leçons de Ténebrès", uma composição com base em textos sagrados para vozes solistas com um acompanhamento esparso, para ser executada durante a Semana Santa.

Ostentando o título de "cravista da corte", seu nome já se tinha tornado famoso em toda a Europa. Foi na música para cravo que Couperin chegou ao cume de sua arte. Aliando o refinamento contrapontístico e harmônico do estilo francês à expressividade da melodia italiana, ele caracterizou o espírito da época através de "retratos musicais" de nomes poéticos: "O rouxinol enamorado", "A distraída", "Os pequenos moinhos de vento", etc.

Toda essa literatura instrumental, Couperin elaborou tendo em vista a suíte coreográfica. Sua música, intencionalmente pictórica, parece-se com os quadros de Watteau, ilustrando o estilo galante daquela época.

Embora chegasse a exercer forte influência sobre seus contemporâneos (inclusive Bach e Haendel), a música de Couperin ficou depois praticamente esquecida durante mais de um século. Sua redescoberta foi iniciada por Brahms, que em 1888 publicou sua edição das "Peças para o cravo". Também fizeram muito pelo renascimento de Couperin mestres como Debussy, Wanda Landowska e, principalmente, Ravel.

Entre suas obras, destacam-se: duas missas para órgão; 27 suítes para cravo, em quatro volumes; sonatas para dois violinos com baixo contínuo; e dois trabalhos didáticos sobre a arte do acompanhamento e do cravo.
 

Veja errata.

Enciclopédia Mirador Internacional/"Música Clássica", John Stanley, Editora Livros & Livros