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Franklin Pierce Presidente dos EUA entre 1853 e 1856

23/11/1804, Hillsborough, New Hampshire

1869, New Hampshire

Da Redação<br>Em São Paulo

28/02/2004 17h22

Franklin Pierce, o quarto presidente democrata dos EUA, nasceu em Hillsborough, no Estado New Hampshire, região da Nova Inglaterra, no nordeste do país. Freqüentou a Bowdoin College, estudou direito e entrou para a política. Seu primeiro cargo público de destaque foi a presidência do legislativo estadual de New Hampshire.

Nos anos 1830 ele foi para Washington, primeiro como deputado federal, depois como Senador. Pierce foi proposto como candidato presidencial em 1852.

Na Convenção Democrata para as eleições presidenciais daquele ano, os delegados concordaram com uma plataforma que prometia apoio ao Compromisso de 1850, que defendia a união do país acima de tudo, e hostilidade contra qualquer esforço para agitar a questão da escravidão.

Os democratas eliminaram todos os candidatos mais conhecidos antes da indicação de Pierce, um verdadeiro "azarão". Ele venceu por uma margem estreita de votos populares. Mas, com a repentina morte de seu único filho, Pierce não encontrou motivo para comemoração.

Frankin Pierce se tornou presidente em uma época de falsa tranqüilidade. Os Estados Unidos, devido ao Compromisso de 1850, pareciam ter suportado sua tempestade secessionista.

Pierce esperava impedir a ocorrência de outras turbulências decorrentes da disputa norte x sul (livres versus escravocratas). Mas suas políticas, longe de preservarem a calma, aceleraram a ruptura da União.

Em seu discurso de posse, ele proclamou uma era de paz e prosperidade em casa e vigor nas relações com outros países. Pierce precisava apenas fazer gestos de expansionismo para agradar os nortistas, que o acusavam de agir como joguete dos sulistas. Estes permaneciam ansiosos para expandir a escravidão para outras áreas.

Assim, ele gerou apreensão quando pressionou a Inglaterra a abandonar seus interesses especiais ao longo de parte da costa da América Central, e ainda mais quando tentou persuadir a Espanha a vender Cuba.

Mas o mais violento reinício da tempestade surgiu em conseqüência da Lei Kansas-Nebraska, que rejeitou o Compromisso do Missouri e reabriu a questão da escravidão no Oeste. Esta medida, obra do senador Stephen A. Douglas, nasceu em parte de seu desejo de promover uma estrada de ferro de Chicago (no Illinois, norte dos EUA) até a Califórnia, passando por Nebraska.

Mas terras que passavam pelo sul do Arizona e Novo México já tinham sido compradas para uma rota transcontinental pelo Sul. A proposta, organizar os territórios do Oeste de forma que uma estrada de ferro pudesse cruzá-los, causou grandes problemas. Douglas determinou em seus projetos de lei que os moradores dos novos territórios poderiam decidir por conta própria a questão da escravidão.

O resultado foi uma corrida ao Kansas, cujo território passou a ser disputado por sulistas e nortistas. Surgiram tiroteios, e o "Kansas Sangrento" se tornou um prelúdio da Guerra Civil.

No final de seu governo, Pierce pôde alegar "uma condição pacífica nas questões do Kansas". Mas, para sua decepção, os democratas se recusaram a indicá-lo para reeleição, optando pelo menos controverso Buchanan. Pierce voltou para New Hampshire, deixando seu sucessor diante da fúria crescente do furacão secessionista.

Com informações da The White House Historical Association