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Gaspar Silveira Martins Político gaúcho

05/08/1834, Bagé (RS)

23/07/1901, Montevidéu, Uruguai.

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

25/04/2006 11h47

Gaspar Silveira Martins iniciou sua vida pública como juiz municipal no Rio de Janeiro no período de 1858 a 1859. Depois, com sua imensa capacidade oratória, tornou-se deputado, senador, ministro da Fazenda e um dos fundadores do Partido Federalista. Foi também Presidente da Província do Rio Grande do Sul em 1889.

Em 1862 foi eleito deputado provincial pelo Rio Grande do Sul e em 1865 fundou o jornal "A Reforma", em Porto Alegre, que se tornou o órgão oficial dos federalistas gaúchos. Em 1872 era deputado-geral. Em 1873 demitiu-se poucos meses após assumir o Ministério da Fazenda por não aceitar um projeto do governo de tornar inelegíveis os cidadãos não-católicos.

No início da carreira, era antimonarquista e liberal, fazendo duras críticas aos governos conservadores da década de 1870. No entanto, com a divisão da política nacional entre monarquistas e republicanos, Silveira Martins acabou por se alinhar com os monarquistas. Em 1880 elegeu-se senador e enfrentou a dura concorrência política com Júlio de Castilhos.

Com a deposição de Dom Pedro 2º, foi para o exílio na Europa, de 1889 até 1891. No retorno ao Brasil, percebeu a influência positivista e passou a criticar os republicanos, por ele chamados de "ditadores comtistas". Num congresso em Bagé, propôs uma reforma constitucional e a adoção do parlamentarismo.

Lutou para que não houvesse conflito, mas em 1893 começou a Revolução Federalista, devido à instabilidade política entre aqueles que procuravam a autonomia estadual frente ao poder federal e seus opositores. Os federalistas (também chamados maragatos) pretendiam "libertar o Rio Grande do Sul da tirania de Júlio de Castilhos", então presidente do Estado.

Com a vitória de Júlio de Castilhos e a conseqüente pacificação, Silveira Martins ainda teve fôlego para organizar um novo congresso federalista em Porto Alegre. A partir de então, passou a dar mais atenção para sua vida na estância Rincón Pereyra, que possuía no Uruguai.