George Harrison Compositor e cantor inglês
25/02/1943, Liverpool, Reino Unido
29/11/2001, Los Angeles, EUA
George Harrison nasceu em família de origem irlandesa. Filho de Louise e Harold Harrison. Seu pai era motorista e militava no sindicato da categoria em Liverpool. A sua formação inicial se deu na Dovedale Road Infants & Juniors School, próxima à rua Penny Lane que mais tarde seria título de uma canção homônima de Paul McCartney. Nesta mesma escola também estudou John Lennon. Logo depois entrou no Liverpool Institute for Boys (atual Liverpool Institute for Performing Arts), onde conheceu Paul McCartney.
Aos 13 anos ganhou sua primeira guitarra. Formou um grupo chamado The Rebels, junto com seu irmão Pete e um amigo chamado Arthur Kelly. Tentou sem sucesso juntar-se ao grupo Alan Caldwell's Texans (depois Rory Storm & The Hurricanes). Mais tarde juntou-se ao Les Stewart Quartet. George assistiu a várias apresentações do Quarry Men, de Paul e John. Juntou-se a eles em agosto de 1959. Em 1960, o grupo formado por John, Paul, George e Pete Best passou a se chamar The Beatles.
Em 1966, aos 23 anos, George Harrison casou-se com Pattie Boyd e não tiveram filhos. Separaram-se em 1973 e Patti viria a se casar depois com Eric Clapton. George, em 1978, casou-se com Olivia Trinidad Arias, com quem tive o seu único filho.
George é o responsável pela divulgação e introdução da música indiana junto à música pop. Quando os Beatles fizeram a primeira turnê nos Estados Unidos, George foi apresentado a Ravi Shankar por David Crosby que à época fazia parte da banda The Birds. Adquiriu uma cítara e começou a usá-la. Este instrumento pode ser ouvido pela primeira vez na canção "Norwegian Wood" no disco "Ruber Soul" dos Beatles.
George se aproximou do hinduísmo e viajou para a Índia juntamente com sua mulher e os companheiros do grupo. A influência do hinduísmo pode ser notada nas suas composições desse período, como "My Sweet Lord".
Shows, discos e cinema
George tinha preocupações humanitárias e em 1971 organizou o show "The Concert for Bangladesh" para arrecadar fundos para as vítimas da fome e refugiados de Bengladesh.
Poucas músicas só de autoria de George foram gravadas na época dos Beatles, entre elas, "I Need You", (1965, no disco "Help!"), "Taxman" (1966, no disco "Revolver"), "While My Guitar Gently Weeps" (de 1968, no disco "The White Álbum"), "Here Comes The Sun" e "Something" (de 1969, no disco "Abbey Road"), uma das canções mais gravadas de todos os tempos.
Com o fim dos Beatles em 1970, George empreendeu carreira solo, que já tinha se iniciado em 1968 quando lançou "Wonderwall Music". Seguiram-se os seguintes discos pela ordem: "Electronic Sound (1969), "All Things Must Pass" (1970), "The Concert for Bangladesh - Live", (1971), "Living in the Material World" (1973), "Dark Horse" (1974), "Extra Texture" (1975), "Thirty Three and & 1/3" (1976), "The Best of George Harrison" (1976), "George Harrison" (1979), "Somewhere in England" (1981), "Gone Troppo" (1982), "Cloud Nine" (1987), "Live in Japan" (1992), "The Best of Dark Horse" - 1976-1989 (1989) e "Brainwashed" (2002), lançado postumamente.
Desde 1976 George lançava seus discos pelo seu próprio selo, a Dark Horse.
George Harrison se envolveu também com o cinema britânico, a partir de 1979. Fundou a produtora Handmade Films (Filmes feitos a mão), que privilegiava o cinema independente. Foi o produtor executivo de dezenas de filmes, que incluem "Mona Lisa (1986), dirigido por Neil Jordan, "Five Corners" (1987), dirigido pelo americano Tony Bill, "Track 29" (1998), dirigido por Nicolas Roeg e "How to Get Ahead in Advertising (1989)", dirigido por Bruce Robinson.
George Harrison esteve no Brasil em 1979, mas não para se apresentar. Veio assistir a uma corrida de Fórmula da qual era aficcionado.
Em dezembro de 1999 o esquizofrênico Michael Abram invadiu a casa de campo de George e o golpeou no peito com uma faca. George se recuperou.
Seus problemas de saúde começaram em 1997, quando foi detectado um tumor cancerígeno na garganta. George foi operado, mas a doença provocou mestástase atacando o pulmão, vindo a falecer em novembro de 2001, aos 58 anos, na cidade de Los Angeles, EUA.
Os Beatles
O grupo Beatles foi um dos maiores fenômenos da música popular de todos os tempos. Ao longo de apenas oito anos, os Beatles mudaram a face do rock and roll, criando uma linguagem musical única e influenciando profundamente o comportamento dos jovens de sua época.
Alguns de seus maiores sucessos foram: "Love me do" (1962); "She loves you" (1963); "I Want you Hold your Hand" (1963); "Can't Buy me Love" (1964); "A Hard Day's Night" (1964); "Help!" (1965); "Eleanor Rigby" (1966); "Penny Lane" (1967); "Strawberry Fields Forever" (1967); "All you Need is Love" (1967); "Hey Jude" (1968); "Revolution" (1967); "Don't Let me Down" (1969); "Something" (1969); "Let it Be" (1970).
George Martin foi o produtor responsável pela maioria dos discos dos Beatles, tanto que era chamado de "o quinto beatle".
A discografia dos Beatles lançada no mundo todo compõe-se de 22 compactos e 13 LP's oficiais. Mas os discos lançados em diversos países têm repertório diferente das edições originais inglesas, isso porque as gravadoras locais faziam seleções diferentes, incluindo faixas que tinham sido bem-sucedidas nos discos anteriores. No Brasil, a partir de "Help", seguiu-se os originais ingleses.
O nome Beatles faz um trocadilho com "beetles" (besouros) e "beat" (batida ou compasso ritmado). Todos os integrantes do grupo - John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr - nasceram na cidade de Liverpool, na Inglaterra. O empresário do grupo, Brian Epstein foi quem descobriu os rapazes, vendo-os tocar num "pub" chamado "The Cavern Club".
O grupo gravou nos estúdios Abbey Road o compacto "Love me do"-"P.S. I Love You", com canções de Lennon e McCartney, lançado em 5 de outubro de 1962 pela Parlephone (EMI) e atingiu o número 17 nas paradas de sucesso inglesas.
Em 1963, John Lennon e Paul McCartney foram eleitos os melhores compositores do ano. Aumentou o número de shows e suas músicas não paravam de ser tocadas nas rádios. No ano seguinte os Beatles conquistaram os EUA. A fama do grupo interessou a indústria cinematográfica e não demorou para que os quatro rapazes de Liverpool aparecessem na grande tela do cinema nos filmes: "A Hard Day's Night" (1964), direção de Richard Lester; "Help!" (1965), do mesmo diretor; "Magical Mystery Tour" (1967), dirigido por eles mesmos; "Yellow Submarine" (desenho animado, 1968), direção de George Duning; e "Let it Be" (1970), direção de Michael Lindsay-Hogg.
As vendagens de discos foram enormes, as excursões um sucesso, as condecorações chegavam sem parar. Milhões de fãs de todas as idades em todo o mundo geraram uma verdadeira "beatlemania". Uma rápida aparição do grupo em qualquer lugar público produzia gritos histéricos, desmaios, cartas arremessadas e muito choro.
A crise da banda começou no final dos anos 60. John, Paul, George e Ringo não se satisfaziam com o desempenho dos Beatles nos shows. Além disso, os integrantes do grupo estavam cansados de tanto fanatismo e até de ameaças que recebiam. Em 1966 resolveram que fariam o último show nos Estados Unidos. No mesmo ano George Harrison viajou para a Índia e aprendeu a tocar cítara. John Lennon foi criticado pelo público por dizer que era mais conhecido que Jesus Cristo.
Em maio de 1967, Lennon declarou que os Beatles não fariam mais excursões e, em 27 de agosto, o empresário Brian Epstein, foi encontrado morto em sua casa por uma overdose de drogas. A crise piorou com o fracasso de vendas de "Magical Mistery Tour".
Em fevereiro de 1968, os Beatles viajaram para a Índia para estudar meditação transcendental com o Maharishi Mahesh Yogi. Em novembro gravaram o "Álbum Branco" e lançaram o desenho animado, "Yellow Submarine". Ringo Starr já queria abandonar a banda.
A presença de Yoko Ono, que se tornou "o quinto Beatle" gerava incômodo ao restante do grupo. O LP "Abbey Road" foi gravado em meio a grande insatisfação.
"Let it Be", de 1970 foi o último álbum da banda. Ainda em 1970, Paul foi à justiça para determinar oficialmente o fim dos Beatles. O sonho tinha acabado.