Giambattista Bodoni Tipógrafo italiano
26 de fevereiro de 1740, Saluzzo (Itália)
30 de novembro de 1813, Pádua (Itália)
Giambattista Bodoni aprendeu com seu pai os rudimentos do ofício de tipógrafo. Em 1758 transferiu-se para Roma e ali, sob a proteção do abade Costantino Roggeri, entrou na grande oficina tipográfica da Propaganda Fide, do Vaticano.
Depois, sob a orientação do cardeal Spinelli, dedicou-se ao estudo das línguas orientais, sendo encarregado de imprimir um manual árabe-copta.
Celebrizando-se pelo seu trabalho na oficina da Propaganda Fide, onde, à força de lidar com os caracteres orientais, teve a ideia de fundir caracteres, chegando a fundir alfabetos inteiros, Bodoni foi convidado a dirigir a impressora ducal de Parma, em 1768. Depois, em 1791, conseguiu do duque de Parma a permissão de editar livros com a sua imprensa particular.
Sob a direção de Bodoni a casa impressora ducal de Parma conheceu grande esplendor. Com a sua própria imprensa editou clássicos gregos, latinos, italianos e franceses. É nessas edições que se revela plenamente o seu grande estilo tipográfico, notável sobretudo pelo equilíbrio da folha de rosto.
Bodoni tornou-se conhecido no mundo inteiro, recebendo as graças dos papas Pio 6º e Pio 7º, condecorações e pensões de dos reis Carlos 3º e Carlos 4º da Espanha, e de Napoleão 1º, que lhe concedeu a ordem da Réunion.
Beleza e simplicidade
Tipógrafo e impressor de grande importância, o principal título de Bodoni é, contudo, o de criador de um desenho de caracteres romanos que foram depois adotados por numerosas tipografias europeias, com o seu nome.
Bodoni criou caracteres de grande beleza e simplicidade, considerados até hoje modelares. A sua arte de fundição se caracterizava pela precisão e nitidez dos tipos.
Os caracteres criados por Bodoni são classificados tradicionalmente entre os romanos modernos, conhecidos pelo grande contraste entre os traços finos e grossos do desenho e que são também identificados pelas serifas finas e retas.
Extremamente funcionais, os caracteres Bodoni são ainda hoje usados em livros, revistas e jornais, não só pela elegância do desenho, como pela clareza e legibilidade que conferem aos textos.