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Gianfrancesco Guarnieri Ator, dramaturgo e diretor teatral

8/8/1934, Milão, Itália

22/7/2006, São Paulo (SP)

Da Página 3 - Pedagogia & Comunicação

09/08/2005 16h35

Gianfrancesco Sigfrido Benedetto Martinenghi de Guarnieri nasceu em Milão, filho de músicos antifascistas que decidiram mudar-se para o Rio de Janeiro em 1936, quando ele tinha dois anos.

Em 1955, Guarnieri fixou-se em São Paulo e, com Oduvaldo Viana Filho, fundou o Teatro Paulista do Estudante, que depois se uniu ao Teatro de Arena, que seria um dos centros de resistência cultural e de conscientização popular no início do regime militar implantado em 1964.

Guarnieri escreveu em 1956 sua primeira peça, "Eles Não Usam Black-tie". Montada em 1958, pelo Teatro de Arena, a peça transformou-se num marco da dramaturgia brasileira, ao retratar a luta operária, a divisão de classes e os conflitos sociais referentes ao proletariado. Seguiram-se as peças "Gimba" (1959), "A semente" (1961) e "O Filho do Cão" (1964).

Com o diretor e dramaturgo Augusto Boal, Guarnieri montou duas peças entre os anos de 1965 e 1967: "Arena conta Zumbi" e "Arena conta Tiradentes".

As peças de Guarnieri renderam muitas parcerias musicais. Entre as músicas que compôs, algumas se tornaram sucessos da música popular brasileira, como "Upa Neguinho" e "Marta Saré", em parceria com Edu Lobo, e "Mesa de Bar" e "Um Grito Parado no Ar", que compôs com Toquinho.

Guarnieri passou a trabalhar na televisão em 1967, atuando na telenovela "À Hora Marcada", da TV Tupi. Desde então, participou de várias telenovelas, seriados e minisséries, sobretudo na Rede Globo, e escreveu inúmeros textos para o teatro.

Foi secretário municipal de Cultura de São Paulo entre 1984 e 1986.

Desde 2001 sofria de insuficiência renal crônica. Morreu de complicações gerais decorrentes da doença, depois de uma internação de 49 dias. Deixou cinco filhos e sete netos.