Giovanni Bellini Pintor renascentista italiano
Veneza, c. 1430
Veneza, 1516
Giovanni Bellini é considerado o gênio inaugural da pintura renascentista, em particular veneziana. Em sua terra natal era também chamado de Giambellino e foi o mais famoso de uma família de pintores. Cunhado e amigo de Mantegna, teve Giorgione e Ticiano entre seus aprendizes.
Giovanni e seu irmão Gentile começaram a desenhar na casa de seu pai, Jacopo, de quem foram assistentes até quase os 30 anos. Os primeiros trabalhos de Giovanni têm forte influência da escola de Pádua, especialmente de Mantegna. Os primeiros sinais de independência aparecem em "A Agonia no Horto".
Em suas obras iniciais, Bellini combina a severidade e a rigidez da escola de Pádua com sua própria sensibilidade e com novos efeitos de cores. Seu estilo se revela em duas pinturas com o tema "Cristo Morto Carregado por Anjos".
Na década de 1470, Bellini fez uma "Transfiguração", de estilo veneziano, e "A Coroação da Virgem" para o altar da igreja de Pesaro. Não muito depois, pintou um quadro para um altar da capela da igreja de São Pedro e São Paulo, destruído por um incêndio em 1867.
Perto de 1480, Giovanni se concentrou nas suas obrigações como conservador das pinturas do grande salão do Palácio Ducal, que ele assumiu por um alto pagamento e a concessão de privilégios comerciais.
Enquanto reparava obras de seus antecessores, recebeu a encomenda para seis ou sete trabalhos, ilustrações das vitórias de Veneza nas guerras entre Frederico Barbarossa e o papado. Esses trabalhos não sobreviveram a outro incêndio, em 1577.
Muitas outras obras para igrejas felizmente foram preservadas. Elas mostram a incorporação de novas estéticas e técnicas pelo artista, muitas aprendidas com Antonello de Messina, que trouxe novidades de Flandres. Bellini popularizou o uso da tinta a óleo, diferente da têmpera usada pela maioria dos pintores.
Um intervalo de poucos anos separa as pinturas para o altar-mor de Frari e a Virgem do Doge Barbariga, em Murano, das obras da igreja de São Zacarias, em Veneza, de 1505. Outra obra para altar-mor, para a igreja de São Francisco em Veneza, é de 1507.
Os últimos dez anos da vida do mestre são repletos de encomendas. Até a marquesa Isabella Gonzaga de Mântova tinha dificuldade em obter de Bellini algumas obras.
Seu irmão Gentile morreu em 1507 e Giovanni completou o quadro "Prece de São Marcos", que ele deixara inacabado. Em 1513, era o único mestre do salão do palácio, empregando seu pupilo Ticiano como ajudante na conservação das obras.
Sua última obra foi "Festa dos Deuses", para o duque Afonso de Ferrara, mas o pintor morreu antes de terminá-la, tarefa legada a seus pupilos. Tanto artisticamente como pessoalmente, a carreira de Giovanni Bellini foi próspera e ele viveu o suficiente para ver sua própria escola brilhar.