Hans-Dietrich Genscher Ministro alemão do Exterior de 1974 a 1992
21-3-1927, Reideburg, Saalekreis
Genscher foi o ministro dos Negócios Estrangeiros que, em todo o mundo, mais tempo se manteve no cargo. A carreira política deste advogado, que culminou com a reunificação alemã em 1990, na qual atuou em sua preparação, começou em 1952 quando se filiou ao partido centrista FDP (Partido Liberal). De 1959 a 1965, liderou o grupo no parlamento; de 1962 a 1964, foi presidente federal do FDP; e, de 1965 a 1994, membro do Bundestag (parlamento) alemão. Genscher assumiu a pasta do Interior na coligação do chanceler Willy Brandt; em 1974 foi nomeado ministro do Exterior e vice-chanceler com Helmut Schmidt. De 1974 a 1985, foi também presidente do FDP. Com a opção do FDP de fazer parte do governo há muito tempo e em face da crise do SPD, realizou uma nova coligação em 1982. Genscher voltou a ser nomeado vice-chanceler e ministro dos Negócios Estrangeiros no novo governo cristão-liberal, tendo então a Alemanha iniciado uma política de abertura que a levou a participar ativamente da CSCE (Conferência sobre Segurança e Cooperação Européia). Genscher correspondeu às reformas políticas postas em prática pelo presidente soviético Mikhail Gorbachev, contribuindo decisivamente para o apaziguamento da tensão política entre o Leste e Ocidente. Participou das "negociações 2+4" entre os dois estados alemães e as grandes potências, que possibilitou a reunificação da Alemanha. Sua atitude cautelosa na fase prévia da Guerra do Golfo (1990-1991) e o reconhecimento dos Estados formados recentemente, surgidos do antigo bloco do Leste, especialmente da ex-Iugoslávia, provocaram fortes críticas dos demais países ocidentais. Em 1992, demitiu-se dos cargos de vice-chanceler e de ministro do Exterior, sendo sucedido por seu companheiro de partido Klaus Kinkel.