Hassan II Rei de Marrocos

Filho primogênito de Maomé V, da dinastia Alauíta (sultão de 1927 a 1957 e rei de 1957 a 1961), Hassan é também o chefe espiritual do país. Entre 1961 e 1963, e mais tarde, entre 1965 e 1967, ocupou a chefia do governo e, após sobreviver a dois golpes de Estado, em 1971 e 1972, consolidou o poder de forma absolutista, apesar de o Marrocos se definir como monarquia constitucional. Após a Espanha ter renunciado à sua colônia do Saara, entre 1975 e 1976, Hassan II anexou a parte setentrional do Saara Ocidental e, em 1979, a região meridional, território previamente concedido à Mauritânia, em 1976. Tentou conservar a posse desses territórios envolvendo-se numa sangrenta luta com a Frente Polisário, mas em 1988 viu-se forçado a aceitar a mediação das Nações Unidas. Seu papel de mediador em conflitos internacionais foi recompensado com a realização em Rabat da Conferência Internacional para o Desenvolvimento Econômico dos Países Árabes, com a participação de Israel, em 1994. Nesse mesmo ano, devido à difícil situação econômica, teve de aceitar pela primeira vez que a chefia do governo fosse entregue a um representante da oposição.