Herbert Hoover Presidente dos EUA entre 1929 e 1932
10/08/1874, West Branch, Iowa
20/10/1964, Nova York
Herbert Hoover nasceu no Estado de Iowa, no meio-oeste dos EUA, em 1874. Filho de um ferreiro quacre, Hoover foi criado no Estado de Oregon, na costa oeste. Matriculou-se na Universidade de Stanford quando ela foi instituída em 1891, formando-se como engenheiro de mineração.
Ele foi para a China, onde trabalhou para uma corporação privada como principal engenheiro do país. Em junho de 1900, a Revolta dos Boxers pegou Hoover em Tientsin. Por quase um mês, a instalação ficou sob fogo pesado. Enquanto sua esposa trabalhava em hospitais, Hoover dirigia a construção de barricadas.
Quando a Alemanha declarou guerra à França, dando início à Primeira Guerra Mundial em 1914, o cônsul geral americano pediu a ajuda de Hoover para a evacuação de turistas em dificuldades. Seu comitê ajudou 120 mil americanos a voltarem para casa. Após a entrada dos Estados Unidos na guerra, o presidente Wilson o nomeou chefe da Administração de Alimentos.
Ele teve sucesso na redução do consumo dos alimentos necessários no exterior e evitou um racionamento em casa, conseguindo manter os Aliados alimentados. Após o fim da Primeira Guerra Mundial, Hoover liderou a American Relief Administration (administração de ajuda humanitária americana).
Em 1921 ele ajudou a Rússia soviética atingida pela fome. Criticado por ajudar o bolchevismo, ele teria respondido que vinte milhões de pessoas estavam passando fome e que, independentemente de sua política, elas precisavam ser alimentadas.
Após servir como secretário de Comércio dos presidentes Harding e Coolidge, Hoover se tornou o candidato presidencial republicano em 1928. Sua eleição parecia assegurar prosperidade. Mas em questão de meses o mercado de ações quebrou e o país mergulhou em espiral na depressão.
A crise 1929 foi causada pela supreprodução indistrial e agrícola, sem que houvesse demanda para tanto, e pela especulação financeira na bolsa. Ambos os fenômenos foram favorecidos pelo liberalismo econômico defendido pelos republicanos. Mesmo com o país na lona, Hoover não abandonou a crença republicana de que ao Estado não cabe intervir na economia.
Após a quebra, ele anunciou que, sem abandonar o equilíbrio do orçamento federal, ele cortaria impostos e expandiria os gastos em obras públicas. Ele pediu a criação da Reconstruction Finance Corporation (corporação para financiamento da reconstrução) para ajudar as empresas, ajuda aos fazendeiros para lidarem com as execuções de hipotecas, uma reforma do sistema bancário e alimentos para os desempregados.
Demonstrando pouca sensibilidade com milhões de desempregados e falidos, Hoover chegou a declarar que tais pessoas deveriam buscar apoio em serviços comunitários locais e voluntários, eximindo, em parte, a responsabilidade do governo federal. Não é à toa que as enormes favelas que se formavam nessa época nas grandes cidades americanas foram apelidadas de "Hoovervilles" (Cidades de Hoover).
Seus oponentes no Congresso o pintaram como insensível e cruel. O presidente Hoover se tornou o bode expiatório pela depressão e foi fragorsamente derrotado pelo governador de Nova York, o democrata Franklin Delano Roosevelt, nas eleições presidenciais 1932.
Ao longo dos anos 30 ele foi um poderoso crítico do "New Deal", embora esta política tenha conseguido amenizar os efeitos da crise que ele não soube enfrentar. Em 1947 o presidente Truman nomeou Hoover para uma comissão para reorganização dos departamentos executivos. Ele foi nomeado presidente de uma comissão semelhante em 1953 pelo presidente Eisenhower.
Muitas economias resultaram das recomendações de ambas as comissões. Ao longo dos anos Hoover escreveu muitos artigos e livros, sendo que estava trabalhando em um deles quando morreu aos 90 anos.
Com informações da The White House Historical Association