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Inezita Barroso Cantora paulista

04/03/1925, São Paulo (SP)<p>08/03/2015, São Paulo (SP)

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

01/03/2006 09h08

Inezita, ou Inês Madalena Aranha de Lima, começou a cantar e estudar violão aos sete anos. Aos 11 iniciou seu aprendizado de piano. Estreou profissionalmente em 1950, na Rádio Bandeirantes.

Participou da transmissão inaugural da TV Tupi, canal 3, e trabalhou como cantora da Rádio Nacional, de São Paulo, transferindo-se mais tarde para a Record. Ainda em 1950 participou do filme "Ângela" e realizou recitais no Teatro Brasileiro de Comédia, no Teatro de Cultura Artística e no Teatro Colombo.

Na década de 50 ganhou prêmios de melhor cantora do rádio e fez sucesso com "Moda da Pinga" e "Lampião de Gás", além de atuar nos filmes "Destino em Apuros", "Mulher de Verdade", "É Proibido Beijar" e "O Craque".

Em 1953 gravou na RCA Victor, "Canto do Mar" e "Marvada Pinga", entre outras.

A partir de 1954 passou a apresentar-se na TV Record, em programas folclóricos, tema ao qual se dedicou definitivamente e que a consagraria. Em 1955 atuou no filme "Carnaval em Lá Maior" e lançou o seu primeiro LP, "Inezita Barroso", pela Copacabana, que incluía "Banzo", "Funeral dum Rei Nagô" e "Viola Quebrada".

O sucesso não parou mais. Lançou: "Canta Inezita", "Coisas do Meu Brasil", "Lá Vem o Brasil", "Vamos Falar de Brasil" e "Inezita". Em 1956 publicou seu livro "Roteiro de um violão".

Nos anos 60, lançou "Eu Me Agarro na Viola", "Inezita Barroso" e "O Melhor de Inezita", com Lampião de Gás e Moda da Pinga. Depois foi a vez de "Clássicos da Música Caipira"(volume 1), com as canções Chico Mineiro e Pingo-d'agua.

Para representar o Brasil na Expo70, no Japão, Inezita produziu um documentário. Em 1972 saiu o volume 2 de "Clássicos da Música Caipira", com Rio de Lágrimas. Em 1975 "Inezita em Todos os Cantos" trazia Negrinho do pastoreio e Asa Branca.

Inezita realizou programas especiais para diversos países. Na década de 80, gravou o LP "Joias da Música Sertaneja" e "Inezita Barroso, a Incomparável".

Desde os anos 80 ela comanda o programa "Viola, Minha Viola", na TV Cultura de São Paulo. E desde 1990 faz a apresentação e a direção musical e folclórica do programa "Estrela da Manhã", da Rádio Cultura AM, de São Paulo.

Professora de folclore, com mais de 70 discos gravados, produziu documentários e programas de televisão, viajando por todo o mundo com seu repertório folclórico, ou "de raiz", como prefere chamá-lo, para realçar o caráter original, as raízes da musicalidade popular brasileira.