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Inglês de Sousa Escritor paraense

28/12/1853, Óbidos (PA)

06/09/1918, Rio de Janeiro (RJ)

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

18/09/2005 16h05

Herculano Marcos Inglês de Sousa fez os primeiros estudos no Pará e no Maranhão. Diplomou-se em direito pela Faculdade de São Paulo, em 1876. Nessa época colaborava com a "Revista Nacional, de Ciências, Artes e Letras" e militava na "Tribuna Liberal". Foi professor da Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro, presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros, deputado federal e presidente das províncias de Sergipe e Espírito Santo.

Literariamente, tornou-se conhecido como "O Missionário" (1891), que, como toda sua obra, revela influência do romance europeu realista e naturalista, principalmente dos autores Eça de Queirós (português) e Emile Zola (francês).

Nesse romance, descreve a vida numa pequena cidade do Pará, revelando agudo espírito de observação e capacidade de descrever a natureza e as cenas regionais. Todavia, tenta demonstrar uma tese, na qual a personagem é envolvida pelas circunstâncias, que a levam a um determinado desfecho. Ou seja, tenta demonstrar que é o destino quem determina o futuro das pessoas, subestimando, deste modo, as capacidades e os dramas interiores.

Além de advogado, banqueiro, professor, jornalista e romancista, foi também, contista. Seus "Contos Amazônicos" (1892), dedicados ao amigo Sílvio Romero, são não apenas um documento sócio-político da região amazônica, da época, como também a história do embate entre o homem e a natureza selvagem. Também foi membro da Academia Brasileira de Letras.

Outras obras: "O Cacaulista" (1876); "História de um Pescador" (1876) e "O Coronel Sangrado" (1877).