Isadora Duncan Bailarina americana
27/05/1877, São Francisco, EUA
14/09/1927, Nice, França
Isadora Duncan era o nome artístico de Dora Angela Duncanon. Precursora da dança moderna, ela propôs uma dança livre de espartilhos, meias e sapatilhas de ponta, apresentando-se com trajes esvoaçantes, cabelos soltos e pés descalços.
Em seus trabalhos utilizou músicas que na época não eram consideradas apropriadas para a dança, como peças de Chopin e Wagner. Defensora do espírito poético e revolucionário na dança, quebrou convenções e influenciou a cultura do século 20.
Filha de um poeta e de uma pianista, Isadora Duncan teve uma infância cheia de imaginação e arte em São Francisco. Adolescente, viajou para Chicago e Nova York, onde trabalhou em várias produções.
Em busca do reconhecimento de seu estilo inovador foi para Londres (1898) e consolidou sua fama em Paris (1902). Depois percorreu quase toda a Europa, onde fez sucesso e apresentou-se na Grécia e na Rússia (1904).
Defensora da liberdade e dos direitos das mulheres, Isadora viveu maritalmente com o encenador e cenógrafo inglês Gordon Graig e com o milionário parisiense Eugene Singer, dono da fábrica de máquinas de costura. Teve um filho com cada um.
Durante toda a sua carreira interessou-se pelas crianças, baseando seu método de educação na arte, na cultura e na espiritualidade. Montou uma escola em Grunewald, na Alemanha, em 1904, favorecendo as crianças das classes mais pobres. Depois montaria escolas na Rússia e em Paris. O custo dessas iniciativas a obrigava a excursionar constantemente.
Em 1913, em virtude de um acidente, seus dois filhos morreram afogados no rio Sena, juntamente com sua governanta inglesa.
Em agosto de 1916, aos 38 anos, apresentou-se no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Após a Primeira Guerra Mundial, Isadora foi para Moscou, onde se casou em 1922 com o poeta soviético Serguei Essenin. O casamento durou dois anos e, em 1925, ele se suicidou.
Isadora se estabeleceu na França e passou seus últimos anos em Nice. Morreu tragicamente na Riviera francesa quando sua longa echarpe ficou presa nas rodas de um automóvel conversível durante um passeio. Escreveu "A Dança" (1909) e a autobiografia "Minha Vida" (1927). Postumamente foi editado "A Arte da Dança" (1928).