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Jackson de Figueiredo Escritor e polemista brasileiro

9 de outubro de 1891, Aracaju, SE (Brasil)

4 de novembro de 1928, Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

24/10/2009 12h22

Jackson de Figueiredo Martins fez seus primeiros estudos em Aracaju (SE), depois em Maceió (AL), formando-se em direito em Salvador (BA). No ano de 1908 publicou seu primeiro livro, no qual reunia alguns sonetos: Bater de asas.

No início de sua carreira, Figueiredo foi ferrenho defensor do anticlericalismo, mas, sob a influência da leitura de Pascal e da amizade de Tasso da Silveira e de Alceu Amoroso Lima, converteu-se, em 1918, ao catolicismo.

Segue-se, então, uma fase combativa, na qual Jackson de Figueiredo procura dinamizar, na cultura e na política, a orientação católica. Combate violentamente as ideias liberais e o socialismo. Jornalista brilhante e professor de literatura, cerca-se de um grupo de jovens formado por Perilo Gomes, Hamilton Nogueira e Heráclito Fontoura Sobral Pinto, grupo a que mais tarde se filiou o escritor Gustavo Corção.
 

Oposição ao tenentismo

Por iniciativa de Jackson de Figueiredo, fundaram-se a revista A Ordem e o Centro Dom Vital, destinado a difundir, especialmente entre as classes cultas, os princípios da Igreja Católica. Em prefácio ao livro Cartas à gente Nova, de Nestor Vítor, Figueiredo escreveria: "Troquei toda a veleidade de construir por mim só ou com a ajuda deste ou daquele grande espírito uma filosofia da ação. Preferi ser o humilde soldado que sou da Igreja católica, e me sinto tão orgulhoso disto como se fora um rei".

Jackson de Figueiredo opôs-se o tenentismo, colaborando com o governo Artur Bernardes na repressão ao movimento que, mais tarde, desencadearia a Revolução de 30. O período entre 1922 e 1925 foi o mais combativo: em discursos e conferências, escrevendo na Gazeta de Notícias e em O Jornal, colocou seu talento a serviço da legalidade, da ordem pública e do civismo antirrevolucionário. A documentação polêmica dessa fase está reunida em três livros: A reação do bom senso, A coluna de fogo e Afirmações.

Segundo Alfredo Bosi, "a humanidade e o estilo vigorosos garantem a Jackson de Figueiredo um lugar entre nossos grandes prosadores".

Da bibliografia de Jackson de Figueiredo ainda se destacam: Algumas Reflexões sobre a Filosofia de Farias Brito (1916), A Questão Social na Filosofia de Farias Brito (1919), Do Nacionalismo na Hora Presente (1921), Pascal e a Inquietação Moderna (1924), o romance póstumo Aevum (1932) e, também póstuma, Correspondência (1946).

O escritor e polemista teve morte trágica, por afogamento, na praia da Barra da Tijuca.
 

Pequeno Dicionário de Literatura Brasileira; Enciclopédia Mirador Internacional