Topo

James K. Polk Presidente dos EUA entre 1845 e 1848

02/11/1795, Mecklenburg County, Carolina do Norte

1849

Da Redação<br>Em São Paulo

28/02/2004 17h45

O democrata James Polk foi o presidente americano responsável pela expansão do país rumo ao oeste, com as aquisições dos teritórios do Oregon, adquirido mediante negociações com a Inglaterra, do Novo México e da Califórnia - estes após guerra com os pobres mexicanos.

Embora seu governo seja marcado pela expansão territorial, as conquistas desencadearam uma disputa entre Estados escavocratas e Estados de trabalho livre, numa divisão que implodiria os Estados Unidos poucos anos depois.

Polk foi homem de confiança do popular Andrew Jackson (presidente entre 1829 e 1836). Foi o último dos jacksonianos a ocupar a Casa Branca, e o último presidente forte até a Guerra Civil.

Nascido no Estado da Carolina do Norte, em 1795, Polk se formou com distinção em 1818 na universidade deste Estado, localizado no sul do país. Como jovem advogado, ele entrou para a política, serviu no legislativo do vizinho Tennessee e se tornou amigo de Andrew Jackson.

Na Câmara dos Deputados federal, ele foi o principal tenente de Jackson em sua guerra do Banco Nacional. Polk serviu como presidente da Câmara entre 1835 e 1839, a deixando para governar o Tennessee.

Foi um dos principais candidatos à indicação democrata para a vice-presidência, nas eleições presidenciais de 1844. O ex-presidente Martin Van Buren (1837-1840), cuja indicação à presidência pelo Partido Democrata era esperada, e Henry Clay, que seria o candidato whig, se declararam contra a anexação do Texas.

Mas Polk afirmou publicamente que o Texas devia ser "reanexado". Jackson, sentindo corretamente que as pessoas eram favoráveis ao expansionismo, pediu a escolha de um candidato comprometido com o "Destino Manifesto" da nação. Assim os democratas indicaram Polk ao invés de Van Buren e venceram as eleições de 1844.

Polk vinculou a questão do Texas, popular no Sul, à questão do Oregon, atraente no Norte. Ele também era favorável à aquisição da Califórnia. Antes mesmo que pudesse assumir o governo, o Congresso aprovou uma resolução conjunta oferecendo a anexação ao Texas, legando a Polk a possibilidade de uma guerra com o México.

Na sua posição em relação ao Oregon, o presidente também estava arriscando uma guerra com a Inglaterra. Ele ofereceu um acordo que ampliaria a fronteira canadense ao longo do paralelo 49, das Rochosas até o Pacífico. Quando os ingleses recusaram, Polk reafirmou a reivindicação de toda a área até o Alasca russo. Os britânicos aceitaram o acordo do paralelo 49, exceto pela Ilha de Vancouver, e o tratado foi assinado em 1846.

A aquisição da Califórnia provou ser mais difícil. Polk enviou um emissário para oferecer US$ 20 milhões ao México, além de um acordo pelas indenizações reivindicadas pelos americanos, em troca da Califórnia e do território do Novo México.

O enviado de Polk não foi recebido. Polk enviou o general Zachary Taylor até a área disputada.

Tropas mexicanas atacaram as forças de Taylor. O Congresso declarou guerra. As forças americanas conquistaram repetidas vitórias e ocuparam a Cidade do México. Em 1848, o México cedeu o Novo México e a Califórnia em troca de US$ 15 milhões e de que os americanos se responsabilizassem pelas indenizações.

O presidente Polk acrescentou uma vasta área aos Estados Unidos, mas tais aquisições precipitaram uma disputa amarga entre o norte e o sul em torno da expansão da escravidão. Polk, que deixou o cargo com a saúde minada devido ao trabalho árduo, morreu em junho de 1849.

Com informações da The White House Historical Association