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Jane Austen Escritora inglesa

16 de dezembro de 1775, Steventon (Inglaterra)

18 de julho de 1817, Winchester (Inglaterra)

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

20/02/2009 17h16

Nascida em uma família provinciana em Steventon (Inglaterra), filha de um clérigo, após a morte do pai, em 1801, a vida de Jane Austen consistiu em passar temporadas na casa dos irmãos e em visitas eventuais a amigos e outros parentes.

A obra de Austen está isolada na literatura européia, porque à sua época o curso da evolução literária estava ainda determinado pelo romantismo.

Muito objetiva a respeito do mundo em que viveu e dos personagens que criou, e excluído todo e qualquer subjetivismo através de uma severa disciplina classicista, a obra de Jane Austen revela profunda seriedade moral na crítica da vida, pouco lirismo e nenhuma paixão.

Ao mesmo tempo, seus livros possuem um fino humorismo, quase escondido atrás de um estilo de understatement (narração incompleta), tipicamente inglês. Seu espírito cômico se exercitou sobre paixões mais intelectualizadas, menos imediatas: orgulho, vaidade, ambição, contradições pessoais, preconceitos.
 

Clássicos da língua inglesa

Restrita ao meio familiar, a temática da obra de Austen não poderia deixar de ser tradicionalista. Porém, o tradicionalismo e o provincianismo não lhe inibiram a liberdade da criação literária. Ao contrário, a estreiteza do seu campo de vivência e observação intensificou-lhe a sensibilidade e a agudeza da análise psicológica.

A temática de seus livros é de extrema densidade. Os enredos são baseados em histórias de amor e casamento, e incidentes da vida diária de personagens comuns, vivendo no pequeno meio social de província.

Sua melhor qualidade não se manifesta no desenvolvimento da ação, mas na criação de caracteres, que se revelam apenas através dos diálogos, o que torna esse processo de autocaracterização eminentemente dramático.

Incapaz de descrever objetos e ambiente material, Jane Austen se avizinha da falta de colorido local da comédia francesa. E a maneira lenta, vagarosa, de movimentar seus personagens, a maneira de deduzir desses personagens a trama e as complicações das histórias que criou, influenciaria, depois, a técnica de Henry James.

Na obra de Austen estão ausentes a alta aristocracia e o povo - ela se encontra no ponto em que a aristocracia já está meio aburguesada e a burguesia já goza de certos privilégios aristocráticos. A partir daí, elaborou seu protesto, sempre moderado, contra vaidades e preconceitos aristocráticos, e uma crítica mordaz contra os gostos e os usos plebeus.

Entre seus romances, destacam-se: "Razão e Sensibilidade", "Orgulho e Preconceito", "Emma" e "Persuasão" - todos clássicos da literatura inglesa.
 

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