Jânio da Silva Quadros Presidente do Brasil - de 31/1/1961 a 25/8/1961
25/1/1917
Campo Grande, Mato Grosso do Sul<p>16/2/1992 - São Paulo, SP
Jânio Quadros nasceu em 25 de janeiro de 1917, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, filho de paranaenses de classe média. Estudou em Curitiba e em São Paulo, para onde se mudou na década de 30. Formou-se em direito em 1939, trabalhou como advogado na capital paulista antes de entrar para a vida pública. Foi eleito vereador em 1947, deputado estadual em 1950, prefeito de São Paulo em 1953 e governador em 1954.
Orador carismático, fez sucesso entre os eleitores com sua pregação sobre a moralidade administrativa. Classificado por estudiosos como populista, nas campanhas eleitorais aparecia comendo sanduíches em botequins.
Em sua primeira disputa pela prefeitura paulista, conquistou grande popularidade ao usar uma vassoura como símbolo da limpeza que prometia fazer nos órgãos públicos. Seu lema durante a campanha à presidência da República era "varrer a corrupção".
Eleito com 48% dos votos, resultado que superou o recorde da época para o Brasil, tomou posse em janeiro de 1961. Renunciou sete meses depois, alegando sofrer pressão de "forças terríveis".
Entre os historiadores, a análise mais aceita é a de que Jânio queria governar com maior autonomia e poderes em relação ao Congresso. Sob essa ótica, o ato da renúncia teria sido apenas uma manobra estratégica adotada pelo político, que acreditava que o pedido não seria aceito pela população, que o prezava, nem pelos conservadores, que temiam a posse do vice, João Goulart, considerado esquerdista. De acordo com a teoria, Jânio poderia ter usado a tentativa com a intenção de voltar mais forte.
Seu breve governo foi ambíguo, caracterizado por uma política interna conservadora de combate à inflação e por ações externas progressistas de aproximação com países de regime socialista e de defesa aberta de Cuba em seu confronto com os Estados Unidos. Em 1964, Jânio teve seus direitos políticos cassados pelo Regime Militar.
Retornou à vida pública no fim da década de 70. Em 1982, perdeu a disputa pelo governo paulista, mas conseguiu sua última vitória política em 1985, quando foi eleito prefeito de São Paulo. Morreu em 16 de fevereiro de 1992, na capital paulista.
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Com informações do Centro de Informação de Acervos dos Presidentes da República e Almanaque Abril