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Jean-François Champollion Orientalista francês

23 de dezembro de 1790, Figeac (França)

4 de março de 1832, Paris (França)

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

11/09/2009 12h18

Jean-François Champollion é considerado o fundador da egiptologia. Foi o primeiro pesquisador a decifrar os hieróglifos egípcios, desenvolvendo, inclusive, técnicas científicas de leitura dessa escrita.

Champollion demonstrou, desde menino, grande aptidão para línguas, estudando o árabe, o copta e o hebreu. Em 1808, já no Collège de France, trabalhando ao lado do orientalista Silvestre de Sacy, começou a analisar a Pedra de Roseta, considerada pelos estudiosos como a chave para a leitura dos hieróglifos, pois continha um texto em caracteres vertidos, ao mesmo tempo, em demótico e em grego.

Convicto, desde as primeiras pesquisas, de que o copta era a língua que mais se aproximava da falada pelos egípcios, chegou a escrever uma Gramática copta. Suas hipóteses sobre o texto da Pedra de Roseta foram no sentido de que os sinais possuíam equivalências fonéticas. Partindo desse pressuposto, traduziu, primeiro, o nome de Ptolomeu 5º, que vinha destacado, no texto hieroglífico, por um cartouche (uma linha que circundava o nome dos faraós).

Estabelecendo a comparação entre as letras gregas e os sinais que compunham a palavra Ptolomeu, Champollion conseguiu determinar as equivalências necessárias à identificação dos sinais restantes.

O método pioneiro de Champollion influenciaria não só o desenvolvimento dos trabalhos filológicos sobre a escrita egípcia, como as pesquisas de outros decifradores de escritas antigas.

Os estudos de Champollion demonstraram que o trabalho de decifração só pode ocorrer depois que se estabelece a qual família linguística pertence a escrita analisada. Champollion também mostrou a necessidade de se submeter a escrita a ser decifrada a um tratamento estatístico e comparativo.

Dois outros estudiosos alcançaram sucesso seguindo as recomendações de Champollion: Friedrich Hrozny, um theco que decifrou os hieróglifos dos hititas, e o inglês Michael Ventris, que decifrou a escrita micênica, chamada linear B.
 

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