Jean-Paul Marat Político e revolucionário francês
24/05/1743, Boudry, Suíça
13/06/1793, Paris, França
Filho do italiano Giovani Marra, Jean-Paul Marat estudou medicina em Paris e Bordéus, terminando o curso na Inglaterra e doutorando-se em 1775, ano em que publicou o "Ensaio Filosófico sobre o Homem".
Neste ensaio, atacou as idéias de Claude-Adrien Helvetius (1715-1771) contrárias à necessidade do conhecimento científico para quem fosse filósofo.
De volta à França, foi nomeado médico da guarda pessoal do conde d'Artois, irmão mais novo do rei Luís 16.
Em 1780 lançou seu Plan de Législation Criminelle (Plano de Legislação Criminal), que foi considerado subversivo pelo governo. Um ano depois teve seu ingresso vetado na Academia de Ciências, por Lavoisier. Esses dois fatos deram início a seu desencanto com a aristocracia que governava a França.
Em 1783, abandonou a profissão para se dedicar à carreira de cientista - já havia publicado artigos sobre experiências com fogo, luz e eletricidade.
No ano da eclosão da Revolução Francesa, 1789, fundou o jornal L'Ami du Peuple (O Amigo do Povo), em que se revelava defensor das causas populares. Condenado várias vezes, era visto como o porta-voz do partido jacobino, a ala mais radical da revolução. Considerado fora-da-lei, refugiou-se na Inglaterra em 1790 e no verão de 1791, retornando então a Paris.
Quando os sans-cullote (massas populares), orientados pelos jacobinos, proclamaram a República e instituíram a Comuna de Paris como órgão executivo do governo, Marat foi eleito um de seus dirigentes. Seus adversários políticos, os girondinos, o acusavam de querer estabelecer uma ditadura com Robespierre e Danton.
No ano seguinte, Charlotte Corday, militante girondina, entrou em sua casa e o assassinou na banheira, a punhaladas. Nos últimos dias, Marat passava várias horas na banheira, que aliviava suas dores provenientes de uma doença inflamatória.