Jeremy Bentham Pensador e jurisconsulto inglês
15 de fevereiro de 1748, Londres (Inglaterra)
6 de junho de 1832, Londres (Inglaterra)
Jeremy Bentham, o criador da filosofia política conhecida como utilitarismo, familiarizou-se, desde criança, com as línguas grega e latina. Estudou no Queen's College, em Oxford, de 1760 a 1763, e graduou-se aos 15 anos.
Bentham chegou a exercer a advocacia, mas logo abandonou-a para dedicar-se à filosofia e à crítica das instituições. Em seu primeiro livro, Um fragmento sobre o governo (1776), Bentham criticava o antirreformismo dos Comentários, de William Blackstone, publicados, em 4 volumes, entre 1765 e 1769.
Famoso em toda a Europa e na América após publicar, em 1789, Uma introdução aos princípios da moral e da legislação, Bentham recebeu, em 1792, o título de cidadão francês; por essa época, mantinha correspondência com importantes líderes políticos estrangeiros.
Em 1824, fundou com outros intelectuais a Westminster Review (Revista de Westminster), que representou, para Bentham, um importante veículo de propagação de ideias.
Base do liberalismo clássico
O pensamento de Bentham foi completado pela obra póstuma, Teoria dos deveres ou A ciência da moral, de 1834. Afirmando que a utilidade de cada objeto é definida por sua capacidade de produzir prazer ou felicidade, e de evitar a dor e o infortúnio, ele concluiu que os atos humanos são movidos pelo interesse e que a sociedade será ideal quando permitir a realização da felicidade do indivíduo, sem que esta comprometa o bem-estar coletivo.
As ideias de Bentham influenciaram o radicalismo político inglês e constituíram a base do laissez-faire, o liberalismo clássico, que caracterizou a economia do século 19.
Entre outros, foram seus discípulos James e John Stuart Mill.