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Johann (Gregor) Mendel Biólogo e botânico austríaco de origem checa

22 de junho de 1822, Heinzendorf (atual República Checa)

6 de janeiro de 1884, Brno (atual República Checa)

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

23/07/2008 14h27

Johann (Gregor) Mendel nasceu em Heinzendorf (que, naquela época, pertencia à Áustria, mas hoje faz parte da República Checa), a 22 de junho de 1822, e morreu em Brno, Morávia (atual República Checa), a 6 de janeiro de 1884. Filho de camponeses, cedo se apaixonou pelo estudo das plantas. Em 1843 entrou para o convento de Brno, da Ordem dos Agostinianos, e, depois de ordenar-se em 1847, estudou física e ciências naturais na Universidade de Viena. Ao entrar para a vida religiosa, ele substituiu seu nome de batismo (Johann) por Gregor.

Nos jardins do convento, Mendel iniciou, em 1856, as experiências sobre hibridação de ervilhas-de-cheiro, em que prosseguiu durante dez anos. Elas lhe permitiram estabelecer as leis que regem a hereditariedade.

Mendel criou um sistema para contagem dos híbridos resultantes do cruzamento das plantas e, tomando por base a altura dos vegetais e a cor das sementes e das flores, formulou leis relativas à hereditariedade dos caracteres dominantes e recessivos.

Essas leis, que colocam em evidência a descontinuidade do patrimônio hereditário, credenciam Mendel como fundador da genética. Foram confirmadas muitos anos depois, por diversos pesquisadores, e constituem a base da teoria cromossômica da hereditariedade.

Mendel publicou o resultado de suas pesquisas nos trabalhos Experiências sobre híbridos das plantas, de 1865, e Alguns híbridos do Hieracium obtidos por fecundação artificial, de 1869. Esses trabalhos foram apresentados à Sociedade de Ciências Naturais de Brno, mas não receberam nenhuma atenção.

Esquecimento de uma obra-prima

A indiferença dos contemporâneos de Mendel é explicada, em parte, pelo caráter insólito do pensamento desse padre, que poderia parecer pouco biológico na época. Desencorajado, ele cessou sua atividade científica quando foi nomeado reitor do convento.

Seus trabalhos ficaram esquecidos durante longo tempo. Nem mesmo Darwin tomou conhecimento das leis de Mendel. Em 1900, contudo, os botânicos Erich Tschermak (austríaco), Hugo De Vries (holandês) e Carl Correns (alemão) chegaram a resultados semelhantes, trabalhando independentemente, mas tendo como ponto de partida ou de chegada as conclusões de Mendel.

Tschermak descobriu as leis de Mendel ao estudar os híbridos dos cereais. Quanto a De Vries, propôs uma teoria sobre o crescimento e a evolução das plantas, desenterrando, então, as leis do padre agostiniano. Correns, por sua vez, descobriu os genes alelos depois de haver estudado Mendel.

A partir daí, a obra de Johann Mendel influenciou profundamente a fisiologia, a bioquímica, a medicina, a agricultura e as ciências sociais. Para o biólogo e escritor francês Jean Rostand, as idéias de Mendel representam "uma obra-prima da experimentação e da lógica".

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