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Lech Walesa Sindicalista e político polonês

29/09/1943, Popowo, Polônia

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

13/08/2005 14h55

Lech Walesa, filho de um carpinteiro, foi mecânico de carros de 1961 a 1965. Serviu no exército durante dois anos e, em 1967, foi empregado como eletricista. Dois anos depois, casou-se com Danuta Golos e teve oito filhos.

Durante os anos 1970, os trabalhadores e o governo ditatorial polonês entraram em confronto direto. Walesa organizava reuniões defendendo o livre comércio, os direitos dos trabalhadores e a democracia. Constantemente era detido para prestar esclarecimentos.

Em 1980, a situação política e econômica da Polônia era tensa. Lech Walesa era eletricista do estaleiro Lênin, em Gdansk e presidente do Solidariedade, um comitê organizado para coordenar o movimento sindical. Em agosto de 1981, os sindicatos foram legalizados pelo general Jaruzelski, que governava o país.

Mas a crise econômica piorou, causando aumento de preços e escassez de gêneros alimentícios. O Solidariedade conseguiu o apoio de todo o povo polonês, insatisfeito com a situação do país. Nos anos 1980 e 81, Walesa viajou para a Itália, Japão, Suécia, França e Suíça buscando apoio para sua causa.

Em 13 de dezembro de 1981, entre os protestos maciços contra a censura e a falta de informação do governo, o general Jaruzelski declarou estado de sítio e a Polônia ficou à beira da guerra. Centenas de pessoas foram consideradas suspeitas e os líderes do Solidariedade e dos sindicatos foram presos. Walesa foi posto em prisão domiciliar por onze meses. O governo declarou que o Solidariedade seria oficialmente fechado. Mas, o povo polonês continuou a luta contra o regime.

Em 15 de junho de 1983, o papa João Paulo II visitou sua terra natal e Walesa foi assistir a cerimônia, apesar das objeções. Para os poloneses, o papa passou a simbolizar a resistência, e a igreja polonesa católica, o apoio à luta pela liberdade. Em 22 de julho, o estado de sítio foi suspenso. Em 6 de dezembro de 1983, para a surpresa de muitos, Walesa recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Arriscando-se a não poder voltar à Polônia, a mulher de Walesa, Danuta, e o filho viajam para Oslo para receber o prêmio em seu lugar.

Em 6 de fevereiro de 1989, as negociações pelo poder continuavam, mas o governo comunista perdeu o apoio nas eleições e o Solidariedade cresceu. O comunismo estava em declínio em todo o Leste europeu. Em 6 de dezembro de 1990, em uma virada do destino, Walesa passou de presidente do Solidariedade a presidente da Polônia. Seu governo, porém, não foi marcado pelo brilho que o destacou quando esteve na oposição. Nas eleições seguintes, em 1995, foi derrotado.