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Leo Nikolaievich Tolstoi Escritor russo

9-9-1828, Jasnaia Poliana

10-11-1910, Astapovo, Lipezk

Do Klick Educação

17/08/2015 20h58

Tolstoi foi um dos representantes máximos do realismo russo. Apoiado na sua filosofia de cunho fatalista, criou personagens literárias a partir de pessoas reais da sua época, servindo de modelo para muitos escritores que o sucederam. Os seus romances (Ressurreição, 1899), contos (A Morte de Ivan Ilich, 1887) e dramas (O Poder das Trevas, 1886) são minuciosos retratos psicológicos do ser humano, vinculado irremediavelmente a um destino marcado pela realidade social. O romance Guerra e Paz (1868-1869), escrito no quadro histórico das guerras napoleônicas e de um caráter histórico-filosófico, influenciou, com a sua descrição da sociedade russa da época, personagens da envergadura de Vladimir I. Lenin. Também se tornou célebre o romance Ana Karenina (1878), no qual conjuga a descrição de uma tragédia amorosa com questões de filosofia moral. Filho de uma família nobre, estudou Economia Política em Kazan entre 1844 e 1847. Sob a influência do iluminista francês Jean-Jacques Rousseau, iniciou a própria busca do sentido da vida, criticando a sociedade da época e a civilização em geral, negando a validade da arte e opondo-se a qualquer pretensão de autoridade por parte do Estado ou da Igreja. Em 1901, foi expulso da Igreja Ortodoxa russa. Na sua casa de Jasnaia Poliana, convertida num centro de encontros culturais, Tolstoi organizou uma escola para os filhos dos camponeses. Ele próprio viveu algum tempo entre eles, esforçando se, a partir de uma vida simples, para superar as suas constantes crises emocionais. Tolstoi foi um moralista incansável. As Histórias para o Povo (1881-1886), nas quais combina a qualidade artística com uma linguagem popular, serviram para difundir por toda a Rússia a sua mensagem religiosa, baseada num regresso interior aos ensinamentos de Cristo. Em 1910, morreu de uma doença pulmonar numa estação ferroviária.