Léopold Sédar Senghor Escritor e presidente do Senegal de 1960 a 1980
9-10-1906, Joal-Fodiout
Professor de instituto e de escola superior, poeta e filósofo, representou seu país na Assembléia Nacional Francesa entre 1946 e 1958. Foi um dos combatentes mais empenhados na independência de seu país, então uma colônia francesa, ainda que tenha advogado a manutenção dos vínculos econômicos e culturais. Entre 1959 e 1960, presidiu breve Federação do Mali (formada pelo Senegal e pelo atual Mali). Após a dissolução desta, tornou-se presidente do Senegal independente. Com o apoio do Partido Socialista Democrático, tentou, durante seu mandato como primeiro-ministro (1962 e 1970), melhorar as condições de vida da população, recorrendo à aplicação de um programa socialista moderado. Em 1980, renunciou tanto a seus cargos no partido como à liderança do país e aceitou a presidência da Internacional Socialista na África. A partir desse momento, consagrou-se mais intensamente à criação literária. Poesia e política surgem em sua obra como elementos da chamada "negritude", movimento do qual é o representante mais significativo, juntamente com Aimé Césaire, e que prega que a redescoberta pelos africanos de sua cultura constitui o caminho para o reconhecimento da própria identidade ("regresso às origens"). Aos 23 anos, Senghor foi o primeiro professor africano numa universidade francesa, tendo sido igualmente o primeiro intelectual negro a ingressar na Académie Française, em 1984.