Luigi Cherubini Compositor italiano

Luigi Cherubini começou a compor quando ainda era adolescente. Suas primeiras obras, de música sacra, o compositor as listou em um catálogo que manteve durante toda a vida, atualizando-o de maneira disciplinada, reflexo da sua personalidade metódica.

Em 1791, quando passa a viver em Paris, compõe sua primeira ópera, "Lodoiska", que alcançou sucesso graças aos inusitados enlaces harmônicos e à opulência instrumental. Era o começo de uma reputação retumbante, que correu toda a Europa. A seguir, vieram outras obras: "Elisa", Medeia", "Os dois dias", etc.

Problemas de ordem material e política - deprimido pelas dificuldades, o compositor passou a pintar e estudar botânica - fizeram com que Cherubini se mudasse para Viena, onde recebeu elogios de Haydn e Beethoven, que chegou a considerá-lo o compositor operístico mais importante da época. Alguns musicólogos, inclusive, afirmam que na ópera "Fidelio", de Beethoven, há vestígios da influência do italiano.

Restauração da monarquia

O famoso "Réquiem em dó menor" de Cherubini foi composto em 1816, quando ele já havia retornado a Paris. Essa composição apresenta, na parte "Domine Jesu Christie", uma imponente construção tritemática, em forma de fuga.

Logo a seguir, quando a monarquia é restaurada, Cherubini é nomeado superintendente de Música do Rei e diretor do Conservatório. A partir desse momento, além de se dedicar ao trabalho de professor, ele concentra toda a sua força criativa na música sacra, da qual merecem ser ressaltadas as missas em ré menor e em lá maior.

De temperamento independente e caráter austero, Cherubini permaneceria lembrado na história da música principalmente por suas mais de vinte óperas, todas de grande valor.

Fonte: Enciclopédia Mirador Internacional