Maria Angélica de Souza Queiroz A baronesa de Higienópolis

Dona Maria Angélica de Souza Queiroz  é considerada uma das três senhoras fundadoras dos bairros de Santa Cecília e Higienópolis, juntamente com Dona Veridiana Valéria da Silva Prado (rua Dona Veridiana) e Dona Maria Antônia da Silva Ramos (rua Maria Antônia), todas donas de grandes áreas na região e filhas de abastados barões do café. Maria Angélica foi homenageada com a avenida Angélica.

Essas famílias tradicionais eram proprietárias de fazendas no interior de São Paulo e dominavam as atividades sociais e a política da capital paulista no século 19.

Ela casou-se com Francisco de Aguiar de Barros, filho do barão de Itu. O pai de Maria Angélica foi o barão de Souza Queiroz, senador do Império do Brasil de 1849 a 1891. Ele era uma das lideranças do Partido Liberal e presidente da Companhia Paulista de Estradas de Ferro.

Em 1893, Dona Maria Angélica deixa a propriedade do pai para residir na Chácara das Palmeiras, onde hoje se encontra a Avenida Angélica (esquina com Alameda Barros). Ela construiu na propriedade um palacete, uma réplica do Palácio de Charlottenburg, localizado na Alemanha, com materiais importados da Europa.

Em suas atividades na sociedade, a baronesa foi reconhecida por ser uma boa anfitriã e por atuar com obras de caridade. Ainda em vida, Dona Maria Angélica doou parte do imóvel de 3,5 mil metros quadrados para a Associação Damas de Caridade, que abriu na época um externato para acolhimento e educação de crianças órfãs. A entidade ainda presta serviços assistenciais e educacionais em São Paulo.