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Maria Della Costa Atriz, modelo e empresária brasileira

01/02/1926, Flores da Cunha (RS)

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30/07/2005 07h41

Maria Della Costa nasceu em Flores da Cunha, RS, em 1 de fevereiro de 1926. Era filha de agricultores originários de Veneza e estabelecidos no Rio Grande do Sul. Justino Martins, da revista "Globo" de Porto Alegre, lançou-a na carreira de modelo aos 14 anos. Pouco tempo depois, Maria Della Costa seria imortalizada em obras de alguns dos mais representativos nomes das artes plásticas do Brasil. Além de duas esculturas de Vitor Brecheret, ela foi retratada por Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho, Djanira, Guanabarino e Noêmia Cavalcanti.

No teatro, Della Costa estreou como atriz na peça "A Moreninha", em 1945, sob a direção de Bibi Ferreira.

Casada com Fernando de Barros, passou três anos em Portugal onde estudou arte dramática no Conservatório de Lisboa. De volta ao Brasil, uniu-se ao grupo Os Comediantes, com quem montou espetáculos como: "Terras do Sem Fim", "Inês de Castro" e "Vestido de Noiva". Em 1948, criou a Companhia Teatral Popular de Arte, que ficou mais famosa como Companhia Maria Della Costa.

Ela e o segundo marido, Sandro Polloni, decidiram construir seu próprio teatro, devido à absoluta falta de casas de espetáculo em São Paulo. O empresário Otávio Frias, proprietário da "Folha de S. Paulo", facilitou o financiamento (pelo extinto Banco Nacional) para a construção do prédio projetado por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.

Em outubro de 1954 o Teatro Maria Della Costa foi inaugurado com o espetáculo "O Canto da Cotovia", de Jean Anouhil, sob a direção de Gianni Ratto. Em 1978, a Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo comprou o teatro.

A atriz montou peças de alguns dos principais autores da história do teatro: Gorki, Sartre, O?Neil, Zola, Anouil, Goldoni, Feydeu, Lorca, Arthur Miller, Brecht, Ionesco, Guarnieiri, Nelson Rodrigues, Plínio Marcos, Marcos Rey, Helena Silveira, Jorge Andrade, e Antônio Bivar.

Também participou de movimentos de resistência de artistas e mulheres contra a ditadura militar brasileira. Na televisão, atuou na novela "Beto Rockfeller", que trouxe uma linguagem inovadora para a TV da época. Atuou também em "Estúpido cupido" e "Te contei".

O cinema também utilizou o talento da atriz em Inocência, baseado na obra de Visconde de Taunay, "A vida do Aleijadinho", "A moral em concordata", "O signo do escorpião". Com o diretor italiano Camilo Mastrocinque, Maria filmou "Areião".
Em 1992, deixou os palcos para administrar seu hotel, o Coxixo, na cidade histórica de Paraty (RJ).