Mário Soares Político português
7-12-1924, Lisboa
Mário Alberto Nobre Lopes Soares licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1951, e em Direito, na mesma Universidade, em 1957. Fundou o MUD Juvenil (1945-1948). Foi professor e diretor do Colégio Moderno, fundado por seu pai, João Lopes Soares, pedagogo, autor e político da Primeira República. Dedicou-se à advocacia e à atividade política oposicionista, o que lhe acarretou prisões e a deportação para São Tomé (1968-1969). Exilado na França de 1970 a 1974, exerceu funções docentes. Em 1962, foi co-fundador da Ação Socialista Portuguesa, que veio a transformar-se, em 1973, no Partido Socialista, do qual se tornou secretário-geral. Fez parte dos primeiros quatro governos provisórios e exerceu o cargo de primeiro-ministro dos dois primeiros governos constitucionais (1976-1978) e do nono governo constitucional (1983 1985). Eleito presidente da República em 1986, foi reeleito em 1991 para um mandato que terminou em 1996. Dirige, desde então, a Fundação Mário Soares, que fundou em 1991. É, desde 1995, presidente da Comissão Mundial Independente sobre os Oceanos. Obras principais: As Idéias Político-Sociais de Teófilo Braga (1950), A Justificação Jurídica da Restauração e a Teoria da Origem Popular do Poder Político (1956), Escritos Políticos (1969), Portugal Amordaçado (1974), A Árvore e a Floresta (1985). Como presidente da República, reuniu em livro seus principais discursos e intervenções públicas nos dez volumes da série Intervenções (1987-1997). Recebeu numerosos prêmios e outras distinções, que destacam seu enorme prestígio na cena política nacional e internacional.