Mário Zanini Pintor, decorador, ceramista, gravador e professor

Mário Zanini sempre atribuiu grande importância ao embasamento técnico e artesanal de sua obra e ao trabalho constante, na conquista de uma linguagem figurativa pessoal. A temática de obra apresenta uma preocupação social, surgida de uma vivência tipicamente suburbana na cidade de São Paulo.

Zanini iniciou seus estudos de pintura em 1920, na Escola Profissional Masculina do Brás, posteriormente, freqüentou o curso noturno de desenho e artes no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. No final da década de 1920 conheceu Alfredo Volpi e freqüentou o ateliê de Georg Elpons. Em 1933, passou a trabalhar com Francisco Rebolo, em pintura de interiores.

Na segunda metade da década de 1930, participou da formação do Grupo Santa Helena, do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo e do grupo Família Artística Paulista. Em 1939 já era um pintor bastante elogiado pela crítica. Sua primeira exposição individual aconteceu em 1944 na Galeria da Livraria Brasiliense. No mesmo ano suas obras foram exibidas em Londres e em Norwich (Inglaterra).

Entre 1940 e 1958, a convite de Rossi Osir, trabalhou na Osirarte, ateliê especializado na arte do azulejo. Em 1950 viajou à Europa ma companhia de Rossi Osir e Alfredo Volpi. No ano seguinte freqüentou o ateliê de Bruno Giorgi, onde se dedicou à cerâmica. Em 1958 esteve no ateliê de Ângelo e João Simeone e deu aulas de gravura na Associação Paulista de Belas Artes e na Escola Carlos de Campos.

Em 1961 expôs 81 pinturas na Casa do Artista Plástico de São Paulo. Em 1968 foi contratado como professor de xilogravura pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Faleceu em 1971, aos 64 anos.