Marta Suplicy Política e psicóloga brasileira
18 de março de 1945, São Paulo, Estado de São Paulo (Brasil)
Marta Teresa Smith de Vasconcellos Suplicy é filha do industrial Luís Affonso Smith de Vasconcellos e de Noêmia Fraccalanza Smith de Vasconcellos. Depois de estudar nos tradicionais colégios católicos Des Oiseaux e Nossa Senhora de Sion, na capital de São Paulo, ingressou, em 1963, na Faculdade de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
No ano seguinte, casou-se com o político e administrador de empresas Eduardo Suplicy, do Partido dos Trabalhadores (PT), com quem teve três filhos: Eduardo (Supla), André e João.
Estudou também nas universidades de Michigan e Stanford, ambas nos Estados Unidos. Retornando ao Brasil, especializou-se em psicanálise. Tornou-se membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise e da International Psychoanalytical Association. Também é fundadora e ex-presidente do Instituto de Políticas Públicas Florestan Fernandes, instituição voltada à elaboração de políticas públicas para a cidade de São Paulo.
Durante a década de 1980, Marta Suplicy tornou-se conhecida como apresentadora de um quadro sobre sexualidade no programa TV Mulher, da Rede Globo.
Trajetória política
Filou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) em 1983. Eleita deputada federal para o mandato 1995-1998, foi autora dos projetos de lei que estabelecem a Parceria Civil Registrada entre pessoas do mesmo sexo e a obrigatoriedade da cota mínima de 25% de mulheres nas listas de candidatos às eleições.
Em 1998, candidatou-se ao governo do Estado de São Paulo, mas não passou para o segundo turno.
No ano de 2000 foi eleita prefeita da cidade de São Paulo pelo PT, depois de disputar o segundo turno com Paulo Maluf. À frente da prefeitura, criou programas sociais como o do Bilhete Único, que permite à população fazer várias integrações de ônibus pagando uma única passagem, e o Vai e Volta, que oferece transporte escolar para as crianças das escolas municipais. Contudo, teve iniciativas que desgostaram a população, como a criação de um novo imposto, a Taxa do Lixo.
Marta separou-se de Eduardo Suplicy em 2001, casando-se, em seguida, com o jornalista e publicitário Luis Favre. Em 2004 concorreu à reeleição, mas foi derrotada por José Serra (PSDB).
Em 2006 disputou as prévias internas do PT para viabilizar sua candidatura ao governo do Estado de São Paulo, mas foi derrotada por Aloizio Mercadante. No mesmo ano, assumiu a coordenação da campanha à reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República.
Com a nova vitória de Lula, Marta Suplicy foi convidada a assumir o Ministério do Turismo em 2007. À frente do ministério, criou diversos programas, como o Viaja Mais Melhor Idade (voltado a aposentados e pensionistas), o Viaja Mais Jovem, o Plano Nacional de Turismo 2007/2010 e o Programa de Mobilidade para a Copa 2014.
Desligou-se do ministério para disputar novamente, no ano de 2008, a prefeitura de São Paulo. Segundo lista divulgada pela Associação dos Magistrados Brasileiros, em agosto de 2008, pesam sobre Marta Suplicy duas ações penais, uma das quais relativa a licitações, quando de sua atuação na prefeitura de São Paulo. Nessa disputa, Marta ficou em segundo lugar e disputará o segundo turno com Gilberto Kassab.