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Martin Scorsese Cineasta norte-americano

17 de novembro de 1942, Flushing, Estado de Nova York (EUA)

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

22/01/2009 20h41

Martin Marcantonio Luciano Scorsese é um diretor, roteirista e produtor de cinema norte-americano, ganhador de vários prêmios. Também é um dos fundadores da World Cinema Foundation, instituição dedicada à preservação de películas cinematográficas.

Os filmes de Scorsese abordam principalmente os temas da vida dos italianos que migraram para os EUA, os conceitos de culpa e redenção presentes no cristianismo e a violência endêmica da sociedade norte-americana. Ele é considerado como um dos cineastas mais influentes de sua geração.

Na juventude, Scorsese planejava ordenar-se sacerdote, mas, influenciado pelo cinema, acabou optando pela carreira de diretor. Estudou na Universidade de Nova York, obtendo sua licenciatura em cinema no ano de 1964 - e um mestrado em 1966. Seu primeiro longa-metragem foi "Quem Bate à Minha Porta?", com Harvey Keitel.
 

Taxi Driver

Com "Caminhos perigosos", de 1973, Scorsese criou seu estilo pessoal, sua própria linguagem. O filme não foi um êxito de bilheteria, mas chamou a atenção da crítica. Logo depois, a atriz Ellen Burstyn escolheu Scorsese para dirigi-la no filme "Alice Não Mora Mais Aqui", com o qual ela ganhou um Oscar de melhor atriz.

Dois anos mais tarde, Scorsese assombrou o mundo com o clássico "Taxi Driver". Sobre um roteiro de Paul Schrader, um dos roteiristas mais brilhantes dos EUA, Scorsese conheceu a fama. O filme ganharia a Palma de Ouro do Festival de Cannes.

Com o sucesso, Scorsese teve coragem para realizar um antigo sonho: filmar um musical, o que fez com "New York, New York". O filme, contudo, foi um fracasso de bilheteria, o que lançou o diretor em profunda depressão.

Convencido de que estava realizando seu último filme, Scorsese investiu todas as suas energias em "Touro Indomável", sobre a vida do pugilista Jake LaMotta. O filme não alcançou sucesso de público, mas o diretor passou a ser cultuado pela crítica, que o escolheu como um dos melhores cineastas dos EUA.
 

Cannes

Três anos depois, Scorsese realizaria um de seus filmes menos conhecidos, com Robert De Niro e Jerry Lewis: "O Rei da Comédia". Foi um novo fracasso de bilheteria. Mas em 1985, com o delirante pesadelo "Depois de Horas", o cineasta conquistou o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes.

Em uma fase de grande produtividade, Scorsese dirigiu "A cor do dinheiro", "A última tentação de Cristo", "Contos de Nova York" (ao lado de Francis Ford Coppola e Woody Allen) e "Os bons companheiros", um dos filmes mais importantes sobre a máfia.

A seguir, Scorsese filmou um remake de "Cabo do Medo". Foi o maior êxito de bilheteria do cineasta. Em 1993, adaptou um romance de Edith Warthon, uma das mais famosas romancistas norte-americanas, "The age of innocence" ("A idade da inocência"). No ano de 1995, voltou ao tema da máfia, filmando "Cassino".
 

Oscar

Depois de filmes recebidos com indiferença, Scorsese partiu para um de seus projetos mais audaciosos: "Gangues de Nova York". O filme, apesar da frieza de crítica, recebeu dez indicações ao Oscar. Em 2004, seu filme "O Aviador" ganhou três Globos de Ouro.

Em 2007, no entanto, com "Os Infiltrados", Scorsese ganharia finalmente - depois de oito indicações - o Oscar de melhor diretor.

No ano de 2008, o cineasta realizou um documentário sobre o grupo de rock Rolling Stones: "The Rolling Stones Shine A Light".

Em 2009, casado com sua quinta esposa, Helen Morris, Martin Scorsese vive em Nova York.
 

Folha de S. Paulo; El País