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Nicolas Sarkozy Presidente da França

28/1/1955, Paris, França

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

24/07/2008 07h54

Nicolas Paul Stéphane Sarközy de Nagy-Bocsa é filho de um membro da pequena nobreza da Hungria, naturalizado na França, e de uma advogada de origem judaico-francesa. Tem dois irmãos, o empresário Guillaume e o pediatra François. Depois de se divorciar da mãe dos três, seu pai teve mais dois filhos.

Diplomado em direito pela Universidade de Paris 10 - Nanterre, em 1978, prestou o serviço militar. Sarkozy cursou, depois, o Instituto de Estudos Políticos de Paris e obteve o diploma de pós-graduação em ciências políticas. Profissionalmente, tornou-se advogado de sucesso, mas logo ingressou na política e abandonou a carreira advocatícia.

Militou na UDR - União dos Democratas pela República, o partido gaulista, isto é, cuja política se inspira nas idéias de Charles de Gaulle. Passou depois para o RPR - União (Rassemblement) pela República, que também se reivindica do gaulismo. Nele, em 1980, foi presidente do comitê jovem de apoio à candidatura de Jacques Chirac.
 

Porta-voz do governo

Em 1983, elegeu-se prefeito de Neully-sur-Seine. Quatro anos mais tarde, deputado. Aos 38 anos foi nomeado ministro do Orçamento, das Contas públicas e da Função pública, que integrava, com o ministério da Economia, Indústria e Emprego, a área econômico-financeira do poder Executivo francês. Foi também porta-voz do governo francês, pelo que se tornou conhecido do grande público.

Seu apoio à campanha presidencial de Édouard Balladour, em 1995, contra Chirac, colocou-o no ostracismo por um período de dois anos. Depois, tornou-se, consecutivamente, secretário-geral e presidente interino do RPR. Foi a partir de 2002, porém, que Sarkozy decolou na política e na mídia, ao reeleger-se deputado.

No mesmo ano, foi nomeado ministro do Interior pelo também reeleito presidente Chirac. Sarkozy fez da segurança sua prioridade, declarando querer se "afirmar pela ação". Merece destaque nesse âmbito sua luta contra o anti-semitismo, que lhe valeu um prêmio do Centro Simon Wiesenthal, organização de direitos humanos voltada às questões do racismo, anti-semitismo, terrorismo e genocídio.
 

Com Lula e Betancourt

Sarkozy exerceu posteriormente o cargo de ministro da Economia, das Finanças e da Indústria, deixando claro que disputaria a eleição presidencial de 2007, bem como a do UMP - União Por um Movimento Popular, seu novo partido, também no espectro da direita como os anteriores. Antes disso, porém, voltou ao ministério do Interior.

Nesse cargo, lançou sua campanha em novembro de 2006, renunciando em março de 2007 para se dedicar somente à eleição. Em 6 de maio desse ano, venceu a candidata Ségoulène Royal no segundo turno, obtendo 53% dos votos dos franceses. A esquerda não se conformou e houve manifestações violentas em vários pontos do país nos dias que se seguiram à posse.

Na presidência, Sarkozy tem se destacado, em especial no âmbito internacional, por tentar recuperar para a França um papel de protagonista, tanto em questões européias, quanto mundiais. Encontrou-se, por exemplo, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Guiana Francesa, em fevereiro de 2008, bem como procurou interferir na libertação de Ingrid Betancourt, a candidata a presidente da Colômbia feita refém pelas Farc.

A vida pessoal de Sarkozy também foi movimentada: dois casamentos e dois divórcios, antes do casamento com a cantora e modelo Carla Bruni, que aconteceu em 2 de fevereiro de 2008, no palácio do Eliseu, já durante o mandato presidencial.