Omar Khayyam Poeta, matemático e astrônomo persa
?/?/1044, Nishapur, Pérsia (atual Irã)
4/12/1122 , Nishapur, Pérsia (Irã)
"Busca a felicidade agora, não sabes de amanhã./ Apanha um grande copo cheio de vinho,/ senta-te ao luar, e pensa:/ Talvez amanhã a lua me procure em vão."
Os belos versos de Omar Khayyam (aqui traduzidos por Alfredo Braga) formam apenas um dos cerca de mil quartetos de sua obra "Rubayat", que o tornou célebre.
O nome Khayyam significa "fazedor de tendas", a profissão do pai de Omar, Ibrahim. Omar Khayyam estudou filosofia e ciências nas cidades de Nishapur, Balk e Samarcanda. Foi astrônomo da corte do sultão Malik Xá. Junto com outros astrônomos, foi encarregado de reformar o calendário e ficou famoso ao corrigir o calendário persa, em 1079, com grande precisão.
Como matemático e geômetra, Khayyam elaborou uma vasta obra, da qual restam apenas dois volumes. Entre suas principais contribuições à matemática estão a solução de equações de segundo grau e a demonstração da impossibilidade de resolução de equações de terceiro grau com números inteiros. Omar Khayyam elaborou vários trabalhos desenvolvendo a geometria euclidiana.
A obra mais famosa de Omar Khayyam, no entanto, está no terreno da literatura. Seu livro mais célebre, conforme se disse, chama-se "Rubayat" e compõe-se de uma coleção de mais de mil poemas de quatro versos. "Rubayat" é o plural da palavra persa "rubai", que significa "quadras". No "rubai", o segundo e o quarto versos são rimados. A difusão da poesia de Khayyan no ocidente deve-se à tradução de seus versos para o inglês, feita em 1859 pelo britânico Edward Fitzgerald.
A tradução mais conhecida da obra de Omar Khayyam em português foi feita por Otávio Tarquínio de Sousa, embora vários outros poetas e escritores tenham se sensibilizado com a beleza do Rubayat, como Fernando Pessoa e Manuel Bandeira.