Paul Newman Ator norte-americano
26 de janeiro de 1925, Shaker Heights, Ohio (EUA)
26 de setembro de 2008, Westport, Connecticut (EUA)
Paul Newman foi ator, diretor e produtor de cinema. Ganhou o Oscar da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood em duas oportunidades - e também o Globo de Ouro.
Nascido num subúrbio, Paul Newman foi guiado para as artes dramáticas pela mãe, que adorava teatro. Quando ingressou, aos 26 anos, no famoso Actors Studio de Nova York, já havia interpretado vários papéis no colégio, na universidade e na tevê.
Depois de uma primeira atuação na Broadway, assinou contrato com a Warner Brothers. No início, diante do resultado medíocre do filme "Cálice sagrado", Newman pensou em desistir da carreira. Mas logo a seguir, com "Marcado pela sarjeta", dirigido por Robert Wise, no qual interpretava um boxeador, recebeu elogios da crítica. Era o começo do sucesso.
Sua atuação em "Gata em teto de zinco quente", ao lado de Elizabeth Taylor, acabou por consagrá-lo. E com "O mercador de almas" receberia o prêmio de melhor ator do Festival de Cannes.
Os bons papéis começaram a se suceder então, e ele foi dirigido por mestres do cinema norte-americano, como Richard Brooks, Arthur Penn, Robert Rossen, Otto Preminger, Martin Ritt e Alfred Hitchcock. A crítica e o público perceberam que Paul Newman não era só mais um menino bonito de olhos azuis, mas um ator capaz de interpretar homens destruídos, amargurados ou torturados, e também patifes e renegados.
Oscar, filantropia e automobilismo
Apesar de seu inesquecível desempenho em "Butch Cassidy - Dois homens e um destino", ao lado de Robert Redford, e "Golpe de mestre", o Oscar de melhor ator viria somente em 1986, por seu papel em "A cor do dinheiro", de Martin Scorsese. Newman já havia sido indicado sete vezes ao prêmio, e ganhara, no ano anterior, um Oscar especial pelo conjunto da carreira.
Newman também foi indicado para o Oscar em 1994, por "O indomável - assim é minha vida", e em 2002, por "Estrada para a perdição", sua última produção cinematográfica, que marcou uma saída de Hollywood em grande estilo, ao lado de uma interpretação brilhante de Tom Hanks.
Em 2005, Newman ganharia um Emmy e um Globo de Ouro por sua aparição na minissérie televisiva, "Empire Falls".
O ator também deixou sua marca através da Newman's Own Foundation, com a qual financiava várias organizações humanitárias. Ele fundou ainda a Hole in the Wall, uma organização que oferecia férias de verão a crianças que sofrem de doenças graves.
Newman era apaixonado por corridas de automóveis. Em 1979, com 54 anos, levou um Porsche 935 ao segundo lugar da mítica prova francesa "24 horas de Le Mans". E aos 70 anos tornou-se o piloto mais velho a fazer parte da equipe vencedora de outra famosa prova automobilística, as "24 horas de Daytona". Na década de 1980 tornou-se sócio de uma equipe de Fórmula Indy.
Foi casado com a atriz Joanne Woodward.