Pedro Kilkerry Poeta brasileiro
25 de março de 1885, Santo Antônio de Jesus, BA (Brasil)
25 de março de 1917, Salvador, BA (Brasil)
Pedro Militão Kilkerry é o mais radical, o mais moderno dos poetas simbolistas brasileiros.
Filho de um irlandês e de uma mestiça baiana, Pedro Kilkerry formou-se em Direito pela Faculdade da Bahia. Foi boêmio, pobre e tuberculoso.
Os poemas de Kilkerry foram impressos em jornais e revistas da época, especialmente nas publicações simbolistas Os Anais e Nova Cruzada. O poeta não deixou obra editada. Sua poesia foi revelada por Jackson de Figueiredo no livro Humilhados e luminosos.
A primeira edição em livro de seus poemas deve-se ao poeta Augusto de Campos, que, em 1970, reuniu parte da obra de Kilkerry numa publicação do Fundo Estadual de Cultura de São Paulo. Anos depois, em 1985, a obra, ampliada, teria segunda edição pela Brasiliense.
Apesar dos poucos poemas que deixou, Kilkerry liderou o movimento simbolista baiano. Para ele, o "Inconsciente" era "um poeta simbolista".
Segundo Augusto de Campos, "seus poemas, de acentuado teor hermético, têm vislumbres de Surrealismo. [...] Realmente, se o Simbolismo brasileiro permaneceu formalmente vinculado à estrutura parnasiana, mantendo a sintaxe tradicional e inovando quase que somente na temática, Kilkerry é aquele poeta que radicaliza a experiência simbolista, complicando e adensando a sintaxe, aplicando uma metafórica arrojada e despojando a linguagem de adjetivações fáceis".
Pedro Kilkerry deixou, além de poemas, artigos e crônicas. Faleceu durante uma operação de traqueotomia.