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Pelé Jogador de futebol brasileiro

23-10-1940, Três Corações (MG)

Do Klick Educação

17/08/2015 20h58

"Eu pensei: ele é feito de carne e osso, como eu. Eu me enganei", declarou Tarciso Burnigch, zagueiro italiano encarregado de marcar Pelé durante a final da Copa do Mundo de 1970. Com habilidade e velocidade impressionantes, tudo o que o maior jogador de futebol de todos os tempos tinha a fazer era entrar em campo para a torcida explodir. "O Rei", como a imprensa francesa o apelidou em 1961, foi responsável pelos instantes de maior requinte e encantamento que o futebol viveu. Além de aperfeiçoar jogadas tradicionais do futebol: a cabeçada fulminante; o chute seco, violento e preciso; a paradinha maliciosa na cobrança do pênalti; e a seqüência de dribles rasteiros e pelo alto. Criou ainda muitas jogadas, como o chute a gol do meio do campo, a tabela realizada nas pernas do adversário e o drible sem bola no goleiro. O menino Edson Arantes do Nascimento começou cedo a jogar futebol. Aos 10 ou 11 anos, quando já brincava com a bola em um time de pelada chamado Ameriquinha, foi convidado para jogar no Bauru Atlético Clube. Em 1956, integrou um time profissional: o Santos Futebol Clube, o único clube brasileiro em que atuou como profissional. Passou a jogar pela Seleção Brasileira com 16 anos, em 7 de julho de 1957, estreando num jogo contra a Argentina. A consagração veio na Copa do Mundo da Suécia (1958): na terceira partida do Brasil, insatisfeitos com o rendimento do time, os jogadores pedem ao técnico Vicente Feola a entrada de Garrincha e Pelé, que saiu do campo como a maior revelação de todos os tempos do futebol. Tendo no time o artilheiro da Copa (seis gols no total), o Brasil foi pela primeira vez campeão mundial. Pelé participou ainda da Copa de 1966, na Inglaterra, e alcançou, em 1969, um recorde praticamente impossível de ser superado ao marcar seu milésimo gol. Despediu-se da Seleção Brasileira com uma grande festa que levou 120 mil pessoas ao Maracanã (RJ), em 1971. Jogou ainda no Cosmos, de Nova York (1975 e 1977). Sua despedida definitiva do futebol deu-se aos 37 anos. Tornou-se homem de negócios e, em janeiro de 1995, assumiu o cargo de ministro extraordinário dos Esportes.