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Pierre Bonnard Pintor e litógrafo francês

3 de outubro de 1867, Fontenay-aux-Roses, Seine (França)

23 de janeiro de 1947, Le Cannet, Alpes Maritimes (França)

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

26/11/2008 01h50

Em 1888, Pierre Bonnard começou a freqüentar a Escola de Belas Artes e a Academia Julien, em Paris, onde se ligou a vários artistas, ao lado dos quais participou do grupo dos nabis (palavra hebraica que, em português, poderia ser traduzida por "profetas" ou "entusiastas"), cuja arte foi marcada pelo simbolismo.

Em 1889 começou a produzir litogravuras em cor. Expôs pela primeira vez no Salão dos Independentes, em 1891, revelando uma observação da vida parisiense cheia de humor e de verve. Tornou-se célebre a partir de sua primeira exposição individual, realizada em 1896.

Os primeiros trabalhos de Bonnard eram ainda influenciados por Gauguin e pela arte japonesa, que ele muito admirava. Sua paleta, de início clara, mais tarde assumiu os matizes cinzentos de Paris. Pintando às vezes em papelão, passou a recobrir suas imagens com as brumas da cidade, cujo encanto soube captar tão bem.

Sua simpatia pelos humildes e pelos animais pode ser observada em várias de suas pinturas.

Seus primeiros quadros eram geralmente executados em telas pequenas, com grande delicadeza de toque. Contudo, a partir de 1900, o estilo de Bonnard sofreu considerável modificação. Transferiu-se para o campo, pelo qual sempre se sentira atraído, alternando em sua obra paisagens e cenas íntimas.
 

Colorido intenso e luminoso

Começa, então, a utilizar telas maiores, pois dizia que "certas belezas da natureza são intraduzíveis sem grandes dimensões". As paisagens, interiores e nus criados entre 1920 e 1935 são de um lirismo crescente. Seu colorido intenso e luminoso é oriundo de uma visão extremamente pessoal.

A partir de 1928, Bonnard criou obras cujo otimismo solar refletia o sereno equilíbrio de uma sociedade burguesa no seu apogeu.

Bonnard diverge dos impressionistas pela liberdade com que trata seus temas, bem como por suas cores - no dizer do crítico Charles Aterling, "poeticamente arbitrárias". Por outro lado, não pode ser incluído entre os fauvistas devido à intimidade de seu mundo pictórico e seu espírito de felicidade burguesa.

Bonnard foi um pós-impressionista, cuja infidelidade ao naturalismo literal de seus precursores imediatos dá ás suas telas e desenhos aquele ar feérico que os caracteriza.
 

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