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Pietro Maria Bardi Jornalista e marchand naturalizado brasileiro

20-2-1900, La Spezia, Itália

Do Klick Educação

17/08/2015 20h58

Jornalista, antiquário e marchand, Pietro desembarcou no Brasil em 1946. Um ano depois, conhecendo Assis Chateaubriand durante exposição em que tentava vender 54 telas italianas do século 13 e 19, no saguão do prédio do Ministério da Educação do Rio de Janeiro, foi convidado do dia para a noite a fundar e dirigir o Museu de Arte Moderna de São Paulo (Masp), cuja sede definitiva, inaugurada em 1969, foi concebida arquitetonicamente por sua mulher Lina Bo Bardi. O marchand, dono do Studio d'Arte Palma, em Roma, estivera pela primeira vez no Brasil, em 1936, quando em viagem a Buenos Aires. Retornara com o propósito de vender os quadros e passar a lua-de-mel com sua mulher. Logo depois do notório encontro, mesmo sem qualquer experiência em museologia, passou a orientar o excêntrico jornalista brasileiro na compra de quadros, escolhendo as obras e certificando-se de suas autenticidades. A dupla, utilizando-se do dinheiro de banqueiros, cafeicultores e milionários industriais paulistanos e aproveitando-se principalmente das tradicionais famílias européias, que estavam se recompondo dos estragos causados pela Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945), reuniu um acervo estimado em cerca de 1,2 bilhão de dólares. Os primeiros quadros foram dois Tintoretto, um Botticelli, um Murillo, um Francesco Francia e um Magnasco. Naturalizado brasileiro em 1951, Bardi presidiu, com conservadorismo, rigor e exigência, o museu por 44 anos, tornando-o o mais importante centro de artes da América Latina.