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Pirro Filósofo grego

365 a. C., Élida (Grécia)

275 a. C., Élida (Grécia)

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

11/08/2008 17h53

Pirro começou sua carreira como pintor, mas logo se tornou discípulo de Demócrito. Tomou parte na longa expedição de Alexandre, o Grande, e entrou em contato com os sábios da Pérsia e da Índia.

De volta à Grécia, fundou o ceticismo ou pirronismo, escola filosófica caracterizada pela recusa de toda afirmação dogmática. Passou o resto de sua vida em Élida, solitário mas envolto pela admiração dos patrícios, que o nomearam chefe dos sacerdotes e, em sua homenagem, tornaram os filósofos isentos de impostos.

As idéias de Pirro são conhecidas graças aos seus discípulos - pois, assim como Sócrates, ele não deixou nenhum escrito -, dos quais os mais famosos são Sextos Empeiricos - que escreveu duas obras, até hoje conservadas, nas quais expõe a doutrina cética -, e Timon, o Silógrafo, do qual existem alguns fragmentos de textos.
 

A suspensão do julgamento

Segundo Pirro, libertando-se das impressões individuais e dos preconceitos, e acreditando que as sensações e os juízos não podem nem apreender a verdade nem enganarem-se, tudo se torna igualmente indiferente para o homem - tudo se torna equilibrado e indeciso.

Ou seja, diante da impossibilidade do conhecimento das coisas, a atitude coerente é a suspensão do julgamento, a quietude mental e a indiferença diante do mundo exterior.

O cético será sem opinião, sem inclinações, evitando a vã agitação do espírito. A suspensão do juízo o leva à indiferença. A indiferença teórica é o pressuposto da indiferença prática. O ideal do sábio é, assim, a imperturbabilidade, a impassibilidade, o total despojamento, o perfeito equilíbrio da alma que nada pode perturbar.

Esse ideal, Timon o chama de regra da vida e essência do que é bom e divino.

Para o cético, há apenas uma verdade: quanto às sensações e às opiniões, tudo é indiferente, importando apenas a quietude do espírito.
 

Enciclopédia Mirador Internacional e Dicionário Oxford de Literatura Clássica (grega e romana), Jorge Zahar Editor