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Raimundo Correia Poeta maranhense

13/05/1859, Mogúncia (MA)<p>13/09/1911, Paris, França

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

24/09/2005 08h33

Raimundo da Mota de Azevedo Correia era filho do Desembargador José Mota de Azevedo Correia e de Maria Clara Vieira da Silva. Estudou no Rio de Janeiro, no Colégio Nacional, hoje Pedro 2o. Em 1877, matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, onde foi colega de Raul Pompeia e Afonso Celso, entre outros.

Estreou na literatura em 1879, com as poesias "Primeiros Sonhos". Em 83, publicou "Sinfonias", prefaciado por Machado de Assis. Nesse livro está seu soneto mais conhecido: "As pombas", o qual lhe valeu o epíteto de "o poeta das pombas", que ele detestava.

Recém-formado, voltou para o Rio de Janeiro, sendo nomeado promotor de justiça de São João da Barra e, em 1884, juiz municipal e de órfãos e ausentes em Vassouras. No mesmo ano casou-se com Mariana Sodré.

Em Vassouras, começou a publicar poesias e prosa no jornal "O Vassourense", do poeta, humanista e músico Lucindo Filho, sobre quem escreveu um ensaio. Em 1889, foi nomeado secretário da presidência da província do Rio de Janeiro. Após a proclamação da República, foi trabalhar como juiz de direito em São Gonçalo de Sapucaí (MG).

Nomeado diretor da Secretaria de Finanças de Ouro Preto (MG), também foi professor da Faculdade de Direito daquela cidade. No governo de Prudente de Morais (1897), foi segundo secretário da Legação do Brasil em Portugal, onde editou "Poesias", coletânea de sua obra, que teve quatro edições sucessivas e aumentadas.

Com o fim do cargo de segundo-secretário, o poeta voltou a ser juiz e passou a residir em Niterói (1899). Em 1900, foi morar no Rio de Janeiro, como juiz de vara cível, cargo em que permaneceu até 1911. Por motivos de saúde, partiu para Paris em busca de tratamento, onde faleceu.

Suas composições tratam de mitologia e de civilizações remotas ou extintas, ao gosto parnasiano. Soube condensar alegorias felizes nos versos perfeitos, sugestivos e com plasticidade. Mas era um poeta desigual e de falsa profundidade, também uma característica parnasiana.